Opinião MKT

Uma reflexão sobre utilizar o esporte como trampolim para entrar no mercado

A "seleção natural" vista no mercado de marketing esportivo após a realização de dois megaeventos

Uma reflexão sobre utilizar o esporte como trampolim para entrar no mercado

08 de março de 2017

3 minutos de Leitura

Por Eduardo Esteves

 

Tão logo o Brasil foi escolhido como sede da Copa do Mundo de 2014 em 2007 iniciou-se um movimento muito forte dentro da indústria esportiva de profissionais que esperavam de alguma maneira embarcar no furor que viveria o país até lá. Dois anos depois, o Rio de Janeiro foi anunciado como casa dos Jogos de 2016 e esta movimentação apenas intensificou.

Estudantes vislumbravam um país repleto de oportunidades, jovens profissionais buscavam brechas para migrar de segmento e novas agências chegaram ao mercado na promessa de que o mesmo teria sua década de ouro. Quem já vivia a realidade do esporte no Brasil não olhou com muito bons olhos para este cenário.

Tão logo a Copa terminou, o que se viu foi um afluxo de profissionais que voltaram para os seus mercados de origem, agências fecharam as portas por uma total falta de demanda e o aquecimento esperado ficou na promessa. Oportunidades? Poucas. Quem imperou neste contexto? Quem tinha know-how, portfólio para atender clientes e saber, por maturidade, quais oportunidades e necessidades viriam com os megaeventos. Fato: paraquedistas não tiveram vez e a “seleção natural” ocorrida no mercado foi muito positiva.

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Sabe a velha máxima de que “a bola pune”? Pois é, o “mercado pune“. Por isso, coloco como um requisito indispensável aos novos profissionais que desejam inserção é não utilizar o esporte como trampolim, como mera oportunidade ou embase apenas na paixão para conseguir espaço. Já fui responsável por algumas entrevistas e assumo que caí no lugar comum de perguntar ao candidato sobre o motivo principal dele ser o ideal para a vaga (obs: não tenho experiência de recrutador). Perdi as contas de quantas vezes ouvi “primeiro porque gosto muito de esporte”.

A paixão deve ser o combustível para que os olhos sigam brilhando em meio a insucessos, para que se acorde todo dia com vontade de fazer acontecer e fazer a diferença no mercado. Paraquedistas, que se aproveitam de uma demanda sazonal para buscar espaço, soam vazios por não ter pra si quatro pilares fundamentais: experiência, relacionamento, influência e know-how.

Se você ainda busca uma chance, sua proatividade será fundamental para alcançar e potencializar resultados satisfatórios. Por isso, à exemplo do que fiz neste artigo, questione a postura que muitos adotaram tão logo o Brasil foi anunciado como sede de grandes eventos para melhorar sua busca e contatos que fizer no futuro. As oportunidades são limitadíssimas, é verdade, mas depende apenas de você lutar incansavelmente por elas.

 

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