Indústria

Adidas x Netflix: entenda como as empresas podem ser consideradas concorrentes

Disputa pela atenção dos jovens marca inusitada concorrência entre as duas gigantes do mercado

Adidas x Netflix: entenda como as empresas podem ser consideradas concorrentes

04 de janeiro de 2018

3 minutos de Leitura

Por Eduardo Esteves

 

Inegavelmente a chegada da Netflix, há 21 anos presente no mercado norte-americano, trouxe inúmeras oportunidades para produtores e distribuidores de filmes e séries, mas também ligou um alerta em demais empresas do setor.  De imediato, as cadeias de aluguel de filmes foram as primeiras vítimas. Podemos citar o clássico exemplo da Blockbuster. Em seguida, as vendas de DVD’s despencaram e houve uma diminuição (e cancelamento) de novas assinaturas de Tv a cabo. Como vemos atualmente, muitas emissoras começam a lançar suas plataformas OTT (NOWGo, Play, Plus, Prime e etc)

Quando pensamos em concorrentes para a plataforma de streaming, citamos automaticamente outras outras empresas do setor de conteúdo por demanda, como Apple TvHulu e a Amazon. Mas uma em questão jamais passaria pela cabeça de muitos: a Adidas. Isso mesmo!

Em uma entrevista recente para o Business InsiderPaul Gaudio, diretor criativo da alemã, apresentou uma interessante visão sobre o “fenômeno-Netflix” e como ela tem sido considerada uma “ameaça competitiva” dentro da empresa.

“Qualquer player que concorra pela atenção de um jovem é um rival Adidas. Netflix, Instagram, enfim, todos são concorrentes por compartilhar da mesma carteira. Sozinho, um garoto tem muito dinheiro para gastar.” – Paul Gaudio

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Gaudio seguiu seu pensamento ao salientar que os potenciais jovens consumidores não estão considerando apenas outros artigos esportivas no processo de compra, mas uma ampla gama de opções entre serviços e produtos. Se você parar para pensar, dado o alcance obtido pelos vídeos sob demanda e sua influência na vida das pessoas, não é loucura pensar que a Netflix possui sim grande participação em diversos campos da indústria. Fora que se faz presente em celulares, Tvs, notebooks e computadores.

Há algum tempo a Adidas se afasta cada vez mais do apelo de ser uma marca exclusivamente esportiva para passar uma imagem de que vende também “estilo de vida”, certamente como Netflix, Facebook, Instagram e a Amazon desejam ser vistas. E nós já destacamos as estratégias da alemã neste seu novo e digitalizado momento.

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Por outro lado, a Netflix não é a maior vilã do mercado, única culpada por falências e crises de faturamento de grandes empresas, mas sim o aumento de ofertas e distrações que acabam por consumir maior atenção e investimento dos clientes. Neste competitivo cenário, há um natural (e necessário) remanejamento de investimentos para aquilo que realmente interessa. Temos aí a necessidade de entregar relevância e produtos/serviços que realmente façam a diferença.

Isso não quer dizer que a plataforma de streaming não rivalize com os players do esporte, ao menos com os grupos de mídia. Vale lembrar que a Netflix começa aos poucos a aumentar sua oferta de conteúdo esportivo e, para o futuro, não descarta oferecer transmissões ao vivo. Juventus, River Plate, Boca Jrs e Fangio são apenas alguns dos exemplos do que veremos em breve.

 

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