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Análise | Afinal, em Portugal, vale mais a pena ser árbitro que jogador?

Patrick Oliveira destaca que, no futebol português, salário destes profissionais supera o da maioria dos boleiros

Análise | Afinal, em Portugal, vale mais a pena ser árbitro que jogador?

16 de abril de 2018

2 minutos de Leitura

Por Patrick Oliveira, de Portugal

 

Ser árbitro não é uma tarefa fácil, principalmente profissionalmente. À exemplo do Brasil, após todos os jogos esta classe é atacada de alguma forma, seja de algum dos lados ou até mesmo de todos os envolvidos na partida.

Em Portugal, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) paga aos principais árbitros um salário base de € 2.500, além de € 500 de ajuda para os treinos. Quando os jogos são durante a semana, o valor é de € 134 de diária, fora os valores por jogo como podem ser vistos no quadro abaixo. Nele, estão os nove principais juízes do futebol português.

Para exemplificar, apresento o cenário de um árbitro dessa categoria que participa de 3 jogos mensais:

Enquanto os jogadores da Primeira Liga têm o salário médio de € 5.5 mil por mês (exceto de Porto, Benfica e Sporting), na Segunda Liga está por volta de € 1 mil. Ou seja: praticamente o mesmo que o árbitro recebe para apitar um jogo dessa mesma competição.

O sindicato dos jogadores em Portugal afirma que o salário mínimo para os jogadores da Primeira Liga é de € 1.671 (corresponde a três vezes o salário mínimo em Portugal) e para os da segunda divisão é de € 974,75. Porém, eles afirmam que os atrasos em pagamentos são bastante raros hoje em dia e que mantém o futebol português como uma excelente porta de entrada para valorizar jogadores africanos e sul-americanos. Desta maneira, conseguem abastecer as principais ligas europeias e gerar um retorno financeiro para os clubes.

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