Indústria

Os planos da Liberty Media para o futuro da F1

Motores mais acessíveis e barulhentos figura entre uma das principais prioridades do grupo para 2021

Os planos da Liberty Media para o futuro da F1

16 de abril de 2018

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A Liberty Media estuda promover mudanças significativas para o futuro da F1. No início do mês, os novos responsáveis pela categoria anunciaram uma série de propostas e mudanças que poderão ser implementadas a partir da temporada 2021.

Entre as propostas apresentadas está a de estabelecer um teto de gastos e ajudar os engenheiros das equipes a produzirem motores mais acessíveis e barulhentos. Este último está diretamente ligado ao objetivo de melhorar a qualidade do espetáculo, fato que foi apontado na recente pesquisa que divulgamos por aqui. Mesmo que sejam sinônimos de entretenimento, o modelo norte-americano de ‘pensar e executar’ o esporte ainda não caiu nas graças dos fãs de automobilismo.

Além disso, eles desejam tornar os propulsores mais confiáveis e com menos quebras que acarretem em punições com perda de posições no grid de largada.

Apesar de ter adquirido a Fórmula 1 em um negócio de US$ 8 bilhões em 2016, o grupo iniciou sua gestão no ano passado. Importante destacar que os planos dos novos proprietários só poderão ser implementados em 2021 já que as regras atuais estão respaldadas pelo chamado Pacto de Concórdia que expira apenas no final da temporada 2020.

“A Fórmula 1 é um esporte com uma história rica. Queremos preservar, proteger e melhorar essa história, liberando o potencial da F-1, colocando nossos fãs no centro de um esporte mais competitivo e emocionante”, comentou o CEO da categoria, Chase Carey. “Somos movidos por um desejo: criar a marca esportiva líder mundial. Focada nos fãs, comercialmente bem-sucedida, lucrativa para nossas equipes e com a inovação tecnológica em seu coração”, completou.

Os novos proprietários desejam ativar um sistema de governança mais simplificado entre os protagonistas, que são as escuderias, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e a nova direção. Para tal, todas as equipes devem aprovar, o que pode vir a ser uma preocupação, já que Ferrari e Mercedes já externaram preocupações com o momento do automobilismo.

Em uma possível nova era a partir de 2021, norteada por uma diminuição nos custos de produção e manutenção, a Liberty espera atrair novas equipes para a F1. Em prol de um maior equilíbrio entre as escuderias, há quem clame por uma redistribuição mais justa das premiações.

Sobre o espetáculo, os proprietários da F-1 seguirão dando carta branca para que as equipes desenvolvam projetos aerodinâmicos, de suspensão e de motores para seus modelos, ainda que haja o desejo de padronizar algumas peças que não fariam tanta diferença aos ouvidos do público.

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