A transmissão do Campeonato Brasileiro para o exterior será feita por aplicativo a partir de 2019. A Fanfoot, uma nova startup de tecnologia esportiva, anunciou sua chegada ao mercado a partir da aquisição dos direitos de mídia global do torneio.
Segundo o portal britânico SportsPro Media, a empresa, que se descreve como ‘o primeiro serviço de streaming social over-the-top (OTT) do futebol’, fez um elevado investimento para estar disponível aos fãs a partir do início do próximo ano. A novidade não contará com jogos de Atlético-PR e Flamengo, únicos clubes que não aceitaram a oferta de R$ 550 milhões (R$ 137.5 milhões por temporada) feita pelas empresas FanHero e BR Foot Sports Media.
Além da transmissão (R$ 27.5 milhões/ano), o montante envolve também o direito de negociar as placas de publicidade dos estádios (R$ 110 milhões/ano). Neste caso, além do Fla, o Corinthians não fará parte do pacote por já ter um acordo à parte com a Sportpromotion válido dois anos. O CAP segue sem um contrato do tipo.
A FanHero, uma startup americana fundada por dois brasileiros e que tem como clientes Corinthians e Vasco, usará a elite do futebol do país para testar um novo conceito de transmissão por streaming. No aplicativo, a promessa é que os fãs poderão interagir uns com os outros durante a cobertura por meio de um chat. Os espectadores terão à disposição jogos por newsfeeds e recursos sociais, enquanto a gamificação integrada permitirá eles disputem pontos para um ranking que renderá recompensas especiais.
“Estamos oferecendo aos torcedores e ligas de futebol uma oportunidade única para construir uma comunidade e desfrutar de um dos esportes mais amados do mundo”, disse Humberto Farias, sócio da Fanfoot. “Nossa visão é ser a Netflix do futebol para todas as ligas do esporte para usar a plataforma e criar uma experiência atraente para fãs novos, seja durante um jogo ou fora da temporada”, completou.
Até aqui, a Fanfoot conta apenas com o Brasileirão como cliente. A promessa é que novas ligas sejam adicionadas no futuro. O maior entrave, porém, será a transmissão dos jogos ao vivo, já que a maioria das ligas já comercializaram os direitos de transmissão com grupos de mídia de outros países.
