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Mulheres terão categoria exclusiva no automobilismo

A W Series terá início em 2019 e contará apenas com pilotas no grid de largada

Mulheres terão categoria exclusiva no automobilismo

10 de outubro de 2018

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Para abrir espaço para mulheres que desejam um dia pilotar um Fórmula 1, uma nova categoria será criada. A “W Series” terá início em 2019 e contará apenas com pilotas no grid de largada.

Limitada à 20 mulheres, a categoria terá seis provas, com início previsto para maio. Ao todo, a “W Series” oferecerá prêmios de até US$ 1.5 milhão, sendo US$ 500 mil para a campeã. No médio e longo prazo, o objetivo é atrair marcas parceiras que se identifiquem com o projeto para que a novidade ganhe alcance e presença global, chegando a continentes como América, Ásia e Oceania.

“Até agora, o automobilismo era o único esporte em que não havia uma categoria separada para as mulheres. Nosso objetivo é atualizar o esporte e mostrar ao mundo do que as mulheres são realmente capazes. As mulheres no automobilismo são uma raridade hoje, mas com a ‘W Series’ servindo como catalisador, esperamos transformar a diversidade do esporte e talvez até encorajar mais garotas em profissões que elas não haviam considerado antes”, destacou Catherine Bond Muir, CEO da nova categoria.

Sobre o processo de seleção, as competidoras poderão se inscrever gratuitamente, com as melhores sendo selecionadas com base em avaliações de habilidades. Todas terão à disposição carros idênticos aos utilizados na Fórmula 3 Europeia, contando até mesmo com halo, dispositivo de segurança que estreou na F1 este ano.

“Minha opinião sobre isso, e sei que esta é uma posição compartilhada pelas organizações com as quais trabalho, é que devemos continuar incentivando e criando oportunidades para as mulheres competirem no mesmo nível que os homens. Acreditamos fundamentalmente que a melhor oportunidade para identificar os melhores talentos femininos é facilitar uma dinâmica em que mais mulheres possam competir e subir ao topo em uma competição mista em igualdade de condições”, disse Susie Wolff, membro da Comissão de Mulheres no Automobilismo e ex-pilota de testes da Williams.

“Para ser um piloto bem-sucedido, você não precisa ter um nível superpoderoso de força que alguns esportes exigem. É por isso que nós da ‘W Series’ acreditamos que pilotos femininos e masculinos podem competir uns com os outros em igualdade de condições, se dada a mesma oportunidade. No momento, porém, as mulheres alcançam um “teto de vidro” no nível GP3 / Fórmula 3 em sua curva de aprendizado, muitas vezes como resultado da falta de financiamento e não da falta de talento”, detalhou o ex-piloto David Coulthard, um dos apoiadores da nova categoria.

Hoje, quem está mais próximo de ingressar na Fórmula 1 é Tatiana Calderón. A colombiana está inserida no programa de pilotos da Sauber e disputa atualmente a GP3.

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