A Apple finalmente anunciou o lançamento seu serviço de streaming de conteúdo de TV. O Apple TV+ trará conteúdo original e foi apresentado por grandes nomes do setor como Steven Spielberg, Oprah Winfrey e Jason Momoa.
O serviço, que concorrerá com Netflix, repetirá o modelo de não ter propagandas, funcionará online e chegará para mais de 100 países. Além disso, ele estará disponível em smart TVs (LG, Samsung e Sony) e em dispositivos como Fire TV, além de todos os aparelhos da Apple.
Segundo a empresa, a novidade disponibilizará não só o conteúdo original da Apple como também de parceiras como Amazon, Hulu, HBO, Showtime e Starz, além de serviços de TV paga, como Canal +, Charter Spectrum, DIRECTV NOW e PlayStation Vue. O objetivo é que seja um verdadeiro hub de conteúdo para clientes da marca. A Netflix, no entanto, optou por ficar de fora fazendo forte oposição às outras concorrentes que aderiram ao serviço.
Leia também: Os hábitos de consumo da Geração Z na Bundesliga
Sobre a oferta esportiva, é bom que fique claro que, em um primeiro momento, a Apple não concorrerá com gigantes como Facebook e Amazon pela compra de direitos de transmissão. Na verdade, a empresa fundada por Steve Jobs buscará agregar o maior número de aplicativos que automaticamente trarão seus conteúdos, como os casos já confirmados da ESPN e o TNT Sports. Há também um acordo com Kevin Durant para ter uma série sobre o jogador.
Partindo de uma análise superficial, seu modelo de negócio estaria muito mais ligado ao da Netflix, que já adiantamos não tem interesse em investir no ao vivo.
“Estamos comprometidos com parcerias. Queremos continuar explorando parcerias porque acreditamos que elas trazem crescimento, estimulam o dinamismo e também proporcionam uma ótima experiência ao consumidor. Estamos levando-os para o próximo nível, em termos de número de países em que vamos fazer isso e também em termos da profundidade que queremos ter nessas parcerias”, afirmou à época Maria Ferreras, vice-presidente de desenvolvimento de negócios da Netflix para Europa, Oriente Médio e África.
Sobre plataformas consideradas concorrentes, o Amazon Prime Video oferece uma ampla cobertura esportiva e estará dentro do Apple Tv+. Resta saber se apenas filmes e séries da empresa de Jeff Bezos estarão na nova plataforma e qual será o custo de tudo isso. Para os conteúdos esportivos, como o MLB.TV, NBA League Pass, o PGA Tour Live, CBS All Access, Thursday Night Football (NFL), Laver Cup e o AVP Pro, de vôlei de praia, os usuários do Prime Video precisam desembolsar um valor a mais. Por enquanto, não foram revelados os preços de nenhum dos novos serviços de TV da Apple.
Já a Hulu, que também confirmou presença, acertou recentemente com o trio da NBA formado por Joel Embiid, Damian Lillard e Giannis Antetokounmpo para promover que a plataforma também oferece transmissões ao vivo de torneios. Com parcerias regionais com algumas emissoras, como a CBS, a Fox e a ESPN, a empresa registra hoje 25 milhões de assinantes e é uma das maiores do setor de streaming dos Estados Unidos.
Para a indústria do esporte, ainda não se sabe qual será o real impacto deste lançamento. A dúvida fica para se Amazon, ESPN, Hulu e demais aplicativos parceiros levarão o conteúdo esportivo considerado premium para dentro do Apple Tv+ ou se disponibilizarão documentários, séries e materiais complementares da nossa indústria. No primeiro caso, a plataforma serviria como mais uma vitrine de transmissões ao vivo e vista como um relevante intermediário para distribuir os direitos em diversos mercados. Caso contrário, o “problema” ficará limitado apenas para o on-demand de Netflix e Disney.
Especula-se que a Apple investirá um total de US$ 2 bilhões para produzir conteúdos originais e conseguir concorrer com os serviços já consolidados do mercado. Ainda não foram anunciados os países em que o Apple TV+ estará disponível em um primeiro momento, portanto, não se sabe se o Brasil estará incluído.
