Indústria

Paraná é mais um clube a apostar em marca própria no Brasil

Apesar de já ter um contrato fechado, clube não divulgou detalhes da novidade

Paraná é mais um clube a apostar em marca própria no Brasil

22 de maio de 2019

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O Paraná Clube seguirá uma “tendência” do mercado e será mais um a ter marca própria a partir do segundo semestre. Hoje, 16 times brasileiros usam esse modelo. A informação foi confirmada pelo presidente Leonardo Oliveira em entrevista coletiva concedida durante o final de semana.




A especulação era antiga e envolvia duas empresas: a Karillu e a Embratex. Diante de alguns impasses, principalmente com a segunda marca, a diretoria tricolor resolveu que trilhará um caminho independente seguindo um modelo já praticado por clubes como Paysandu, Bahia, Coritiba, CSA, Joinville, Juventude, Sampaio Corrêa e Santa Cruz, entre outros.

O contrato com a Topper, atual parceira técnica, irá somente até a Copa América. Na coletiva, o mandatário do Paraná aproveitou para agradecer o período em que a brasileira vestiu o elenco paranista.

“Venho para agradecer e finalizar a parceria com a Topper, o contrato encerra durante a parada para a Copa América. O clube oficializa que desenvolveremos uma marca própria e faremos um lançamento e a divulgação durante a parada. A utilização do material iniciará no retorno”, disse Oliveira.

Apesar de já ter um contrato fechado, o Paraná ainda não divulgou qual será o nome da marca e nem detalhes da nova linha que desenvolverá. O presidente, no entanto, fez questão de deixar claro que os novos produtos terão um preço mais acessível.

“A questão material e loja sempre foi um problema no Paraná. Neste momento conseguimos uma parceria, onde o fornecedor vai participar com a gente no desenvolvimento da loja. O principal foco é que todas as peças existam na loja para o nosso torcedor adquirir. E, com isso, podemos trazer um resultado financeiro melhor para o clube. Com material próprio, nós teremos tranquilidade para trabalhar. A questão de custo para o torcedor é outro ponto. Os materiais fornecidos têm preços elevados, mas o material próprio será entregue com preço acessível”, finalizou.

O número de times com marcas próprias mostra uma tendência que vem tomando conta dos clubes de médio e pequeno porte, com apelo num mercado mais regionalizado. Este movimento teve início no ano de 2016, quando o Paysandu começou a apostar numa produção própria para atender à demanda do público no Pará. Em doze meses, o Papão conseguiu chegar a um recorde de R$ 6 milhões de faturamento, suprindo uma ausência de camisa nas lojas que sempre existiu.

No final do ano passado, o Bahia foi o primeiro clube da Série A a adotar esse modelo. A expectativa do clube é saltar de uma arrecadação de R$ 800 mil para R$ 4 milhões, já sem os custos de produção e manutenção das lojas.

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