Indústria

Jornalistas criam campanha em prol de investimento no futebol feminino

Iniciativa foi criada para chamar a atenção do público e de marcas para apoiar a modalidade

Jornalistas criam campanha em prol de investimento no futebol feminino

12 de junho de 2019

3 minutos de Leitura

Enquanto a Copa do Mundo de Futebol Feminino rola nos gramados franceses registrando bons índices de audiência, fora de campo, iniciativas buscam fazer com que esta atenção e valorização da categoria não dure apenas o período do torneio.

Uma campanha que vem ganhando espaço nas redes sociais é a #EuConsumoFutebolFeminino. Idealizada por Carolina Caraciki, editora dos Canais Fox Sports, e a jornalista Chris Mussi, responsável pela criação da campanha #DeixaElaTrabalhar, o intuito do movimento é acabar de uma vez com a premissa de que “o futebol feminino não vende“. Para elas, quanto maior for o investimento, maior será a visibilidade e o público.

“Faz um tempo que criei um grupo de whatsapp para divulgação de material sobre futebol feminino. Na época, eu era coordenadora do programa Comenta Quem Sabe, apresentado pela Vanessa Riche. Eu tinha dificuldade para achar os gols dos jogos do Brasileirão Feminino, por exemplo. Então, tive a ideia do grupo. Ele cresceu, tomou corpo e pensei que dali poderia nascer uma campanha legal”, disse Carolina em entrevista ao MKTEsportivo. O grupo, segundo ela, conta com mais de 200 profissionais de comunicação.

Apesar de recente, a campanha está ganhando visibilidade com o apoio de diversas jornalistas. O objetivo é que a ação seja ampliada com a participação de influenciadores, e também que siga forte mesmo após o término do Mundial.

“A campanha ainda é nova, então aos poucos as pessoas vão conhecendo e aderindo ao movimento. Criamos um perfil no Twitter e no Instagram e isso já mexe bastante com a hashtag. A consequência é que vai encontrar com algum influenciador em algum momento”, completou.

Entre as marcas, o mercado tem visto uma chuva de campanhas vindas de gigantes como Guaraná, Brahma, Gatorade, Boticário, DMCard, GOL e Lay’s. A expectativa é que estes aportes sigam após o torneio e que o futebol feminino alcance um novo patamar comercial.

Já na televisão, com a estreia do Brasil, a aposta da Globo de transmitir pela primeira vez a competição na TV aberta deu certo. O duelo entre a seleção brasileira e a Jamaica dobrou a audiência média do horário. O jogo marcou 20 pontos e 48% de participação entre os televisores ligados no Rio de Janeiro. Já em São Paulo, foram 19 pontos de audiência e 43% de participação.

“Queremos mostrar que a modalidade tem público sim, precisa e merece mais apoio e investimentos. É uma soma. Quanto maior for o investimento, maior a visibilidade, maior o público”, finalizou Carolina.

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