Ratificando seu apoio ao futebol feminino americano, a P&G anunciou o pagamento de US$ 529 mil para a equipe campeã da Copa do Mundo de 2019. A empresa, que utiliza a marca Secret Deodorant em seu patrocínio ao USWNT (U.S. Women’s National Team), publicou um anúncio de página inteira no The New York Times afirmando que daria US$ 23 mil para cada uma das atletas campeãs.
“Depois que todos os elogios, desfiles e prêmios diminuem, a questão permanece. Desigualdade é mais do que salário e jogadores, é sobre valores. Vamos aproveitar esse momento de comemoração para impulsionar o esporte feminino”, destacou a peça publicitária.
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A P&G foi apenas uma das patrocinadoras da seleção feminina a oferecer premiações buscando diminuir o abismo de investimento em relação ao time masculino do país. Antes do Mundial, a fabricante de alimentos nutricionais Luna Bar, parceira da Associação de Jogadoras da Seleção Feminina dos Estados Unidos, se comprometeu a destinar US$ 718.750 para compensar a diferença salarial entre as equipes.
Em março, o MKTEsportivo destacou que as 28 jogadoras da seleção nacional americana entraram com processo contra a Federação de Futebol dos Estados Unidos (US Soccer) contra a desigualdade salarial e de condições de trabalho.
Depois que o The Wall Street Journal revelou que a equipe feminina gerou mais receita que a masculina entre 2016 e 2018 (US$ 50.8 milhões contra US$ 49.9 milhões), o assunto voltou a ganhar força. A publicação relatou que, há oito anos, durante a disputa do Mundial, o mesmo estudo revelou que os homens geravam quase 20 vezes mais faturamento que as mulheres. De lá para cá, após o tri mundial das americanas, em 2015, elas alavancaram os ganhos.
Atualmente, as jogadoras do USWNT recebem um salário dos seus respectivos clubes e benefícios pagos pela US Soccer, além de bônus por representar a seleção. Os jogadores masculinos, no entanto, recebem salários e benefícios muito maiores.
