Indústria

Liga Feminina espanhola inicia com briga por direitos de transmissão

Mediapro foi impedida de entrar no estádio para filmar o jogo Madrid CFF x Betis

Liga Feminina espanhola inicia com briga por direitos de transmissão

09 de setembro de 2019

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A Liga Iberdrola, liga espanhola de futebol feminino estreou no último final de semana com uma disputa pelos direitos de transmissão do torneio. A Mediapro, que desembolsou € 3 milhões para exibir o torneio, foi impedida de entrar no estádio para filmar o duelo entre Madrid CFF x Betis.

A produtora de conteúdo acusa a Federação Espanhola de Futebol (Rfef) de aliciar os clubes para que eles cedam a ela os direitos comerciais do futebol feminino e ainda garantiu que tomará ações legais para garantir o cumprimento do contrato. Posteriormente, lembrou que o Madrid CFF, mandante na partida, votou a favor da venda de direitos audiovisuais ao grupo e não poderia ter feito o que fez.

Em comunicado, a Mediapro destacou que a decisão de impedir o acesso da empresa ao estádio gerou “sérios danos aos torcedores, aos jogadores e à imagem de seriedade e profissionalismo da competição”. Além disso, afirmou que “os responsáveis ​​estão violando os acordos alcançados com a Mediapro e a Associação dos Clubes de Futebol Feminino (ACFF)”. Por fim, a Mediapro ainda chamou a atitude da Rfef e do presidente da entidade, Luis Rubiales, de oportunista, já que nunca “contribuiu especialmente para o desenvolvimento do futebol feminino e agora reivindicam monopolizá-lo e torná-lo seu, sem se importar em destruir a imagem de seriedade e profissionalismo que ele estava alcançando”.

De acordo com a imprensa espanhola, a Rfef ofereceu € 500 mil a cada um dos clubes que fechasse com ela. O valor é o dobro do que a Mediapro cede apenas pelos direitos de mídia.

Já nesta manhã, a Comissão Nacional do Mercado e da Concorrência (Cnmc) se posicionou e ressaltou que o que a Rfef está fazendo “não encontra apoio na lei”. A entidade emitiu um novo relatório em que lembra a Federação Espanhola de Futebol de que a legislação não a protege ao prometer aos operadores acesso a conteúdos de competições como a Primeira Iberdrola, a Segunda B ou a Terceira Divisão.

Novos capítulos do caso serão conhecidos nas próximas rodadas.

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