Tecnologia

Para mudar comportamento no digital, Amstel cria “Torcedor Artificial”

Sistema com inteligência artificial simulará o comportamento de um torcedor para diminuir a atual hostilidade no futebol

Para mudar comportamento no digital, Amstel cria “Torcedor Artificial”

03 de setembro de 2019

3 minutos de Leitura

Patrocinadora oficial da Libertadores, a Amstel lançou recentemente o “Torcedor Artificial“. Trata-se da primeira inteligência artificial que simula o comportamento dos torcedores on-line e que vai interagir com os usuários de acordo com o que colheu na internet.

De acordo com a cervejaria, o inédito projeto pretende impactar as torcidas de forma positiva, mostrando que o comportamento agressivo do torcedor não pode ser maior do que a paixão pelo time. O “Torcedor Artificial” é fruto de um estudo desenvolvido pelo Google que mostra que os brasileiros estão buscando mais sobre violência e futebol. O número de pesquisas envolvendo termos relacionados aos assuntos cresceu mais de 30% entre 2018 e 2019.

“Já tínhamos noção de que a Libertadores é o campeonato mais aspiracional para o torcedor brasileiro, porém só entendemos realmente o que isso significa após iniciarmos nossa parceria com o campeonato em 2017. Na Libertadores, o torcedor exprime toda sua paixão pelo seu time, o que é incrível, porém as vezes há um exagero que não é saudável. Com o ‘Torcedor Artificial’, queremos demonstrar que, apesar de existir violência e agressão no futebol, a paixão pelos nossos times do coração sempre pode prevalecer e virar o jogo”, disse Renan Ciccone, gerente de marketing da Amstel.

A plataforma foi exposta aos comentários negativos feitos em sites e redes sociais durante os primeiros meses da Libertadores e respondeu às interações de forma ríspida e intolerante. Em seguida, a Amstel decidiu convidar as pessoas a mudarem esse cenário de violência e intolerância, reeducando o “Torcedor Artificial”.

O projeto foi desenvolvido pela Amstel, em parceria com a agência J. Walter Thompson, o The Zoo, time de criativos do Google, e a produtora MediaMonks.

“Na prática, os comentários recebidos passam por um sistema para que possamos extrair sua estrutura e significado, e seguem para uma base de dados. É aí que entra um algoritmo customizado de inteligência artificial para fazer o treinamento da rede neural, capaz de criar comentários espontâneos com base em acontecimentos reais dos jogos ou perguntas de usuários”, detalhou Rafael Fittipaldi, diretor de criação da MediaMonks.

“Com este projeto, a Amstel mostra que não quer apenas patrocinar a Libertadores, mas sim colaborar para melhorar o campeonato mais cobiçado da América do Sul utilizando recursos de tecnologia para conscientizar os torcedores de que futebol não é sobre ódio. É sobre paixão”, completou Ricardo John, presidente da J. Walter Thompson.

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