Coluna

O esporte precisa trabalhar o público infantil de maneira fixa e consistente

Há bons anos o público infantil tem sido a mina de ouro (também) do mercado esportivo. Não é de hoje que clubes, ligas e marcas buscam […]

O esporte precisa trabalhar o público infantil de maneira fixa e consistente

19 de outubro de 2019

2 minutos de Leitura

Eduardo Esteves
Eduardo Esteves
Fundador do MKTEsportivo

Há bons anos o público infantil tem sido a mina de ouro (também) do mercado esportivo. Não é de hoje que clubes, ligas e marcas buscam desenvolver projetos sólidos, com planos de longo prazo e plataformas de ações para se aproximar desta faixa de público. É inegável que este é o período da vida que encontra-se o momento ideal para a fidelização. Não de fazer mera publicidade, falo de uma relação lúdica de longo prazo a ser criada com os mais novos.

Em menos de 24 horas, o MKTEsportivo destacou duas iniciativas vindas de diferentes lugares para ‘dialogar’ com as crianças. Primeiro, o Manchester City já começou a desenvolver uma animação voltada para crianças de 8 a 11 anos ambientada em sua academia de treinamento. Batizada de “Sky Blue Academy“, ela trará um grupo diversificado de meninos e meninas que vivem e brincam no local. Ao todo, serão 26 episódios de 22 minutos cada.

O ponto alto da novidade, e é que é fundamental quando tratamos de crianças, que a série se concentrará nos valores dos Citizens, como disciplina, trabalho em equipe e inclusão.

Já a NBA lançou esta semana o ‘NBA Jr. Jump Squad‘, websérie animada de seis episódios que estará disponível em oito línguas (português entre elas). Ela contará a história de cinco jovens e um treinador que formam uma equipe infanto-juvenil que é tema central do cartoon. A liga espera impactar os pequenos de 6 a 12 anos.

No Brasil, poucos são os projetos do tipo. Destaco a “Liga dos Mascotes“, vídeos com cerca de um minuto de duração que servem para apresentar o universo do futebol aos espectadores. Ela conta com participação de clubes como Atlético-MG, Corinthians, Flamengo, São Paulo e Vasco. Todos são remunerados com royalties sobre a venda dos produtos. No entanto, me parece que ainda não foi abraçada pelos envolvidos com a ênfase que merece. O que é um erro crasso, uma vez que o projeto tem muita qualidade.

Iniciativas focadas em crianças precisam ser recuperadas e trabalhadas de maneira fixa e consistente. Não de maneira pontual como ainda tem sido ou focadas exclusivamente em mascotes. O esporte precisa estar nas prateleiras das crianças, e as animações podem ser uma importante porta de entrada.

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