O MKTEsportivo tem dado amplo destaque ao interesse inicial da Federação Alemã e Adidas de eliminar (ou ao menos flexibilizar) a regra 50+1. Um dos objetivos é fazer com que a liga se torne mais competitiva e, consequentemente, atraia um maior interesse por parte de outros mercados. Algo que a Premier League obteve com sucesso nos últimos anos.
Nesta semana, o presidente do Bayern de Munique, Karl-Heinz Rummenigge, deu seu parecer sobre o tema em uma entrevista para a revista GQ. Quando muitos poderiam pensar que ele seria contra o fim da regra, uma vez que o gigante bávaro reina absoluto a cada temporada, Rummenigge se mostrou totalmente favorável ao fim da mesma. “Espero que a Bundesliga se livre da regra 50 + 1. Eu acho que cada clube deve ter autonomia para decidir se deseja aceitar ou recusar investimentos de fora”, declarou.
Como já explicamos, a regra fez com que os clubes se convertessem em companhias de natureza pública ou privada, desde que mantivessem direito de voto majoritário (ou 51%). Ou seja: ela que impede que um investidor único possua a maioria do capital de uma equipe. Existem exceções, é verdade, como Bayer Leverkusen (de propriedade da farmacêutica Bayer), Hoffenheim (SAP) e Wolfsburg (Volkswagen). Em todos os casos, é necessário voltar ao ano de 2011. À época, ficou estabelecido que patrocinadores com mais de 20 anos de clube podem se tornar sócios majoritários (se aprovados pelos sócios).
Há ainda o RB Leipzig. Mesmo que o clube possua 51% dos votos, todos os votantes são funcionários da Red Bull. Ou seja: a empresa está no comando. Não à toa é considerado o mais odiado da elite alemã.
Agora, diante de um cenário que a liga inglesa obtêm números cada vez maiores de patrocinadores e Tv, o Calcio caminha para democratizar o repasse dos direitos de transmissão e a LaLiga está em franca internalização com diversas iniciativas, a Bundesliga crê que seja o momento ideal para flexibilizar a regra. Resultado? Para nós, um encorajamento de bilionários e grandes empresas e a conquista do que estes players realmente desejam: uma participação majoritária.