O marketing esportivo sempre esteve ligado ao desempenho. Fato. E isso reflete diretamente na imagem dos atletas que sofrem de altos e baixos em suas carreiras. Vitória é sinônimo de contratos duradouros, rentáveis e um portfólio fortalecido. Do contrário, o ostracismo e o desinteresse do mercado serão destinos naturais. É exatamente isso que está acontecendo com Eugenie Bouchard.
Em 2014, então com 20 anos, a tenista chegou à final de Wimbledon e alcançou o Top 5 do ranking mundial da WTA. E este foi o limite de sua meteórica carreira. Hoje, quatro anos depois e aos 24 anos, ela ocupa apenas a 116a colocação no mundo.
Naturalmente, a queda drástica começou a refletir fora das quadras. Colgate, Aviva (empresa de seguros) e Usana (suplementos nutricionais) não renovaram seus contratos de patrocínio com Bouchard. Para piorar o cenário, após ser eliminada na primeira rodada de Indian Wells na semana passada, a tenista anunciou seu desligamento do agente John Tobias e da LTA, empresa que agenciava sua carreira ao lado das gigantes Lagardère Sports e IMG.
Já com a Nike, sua fornecedora de material esportivo, o problema poderá ser ainda maior, afinal, o contrato com a marca é por produtividade. Dado o seu momento delicado, naturalmente o patrocínio não tem sido rentável para nenhuma das partes. Há ainda uma preocupação da empresa encerrar a linha de roupas que a canadense assina.
Ainda que o marketing esportivo possa elevar o status de muitos esportistas, ele dificilmente fará milagre com quem não entrega resultado, tanto dentro quanto fora das quatro linhas.