Algo raro aconteceu recentemente nas redes sociais: a conta de um clube de futebol foi suspensa no Twitter. O caso ocorreu com o Olympique de Marseille e o motivo do ocorrido está no fato do clube ter violado os direitos autorais em alguns tweets publicados em 2014.
Os robôs de monitoramento do microblog acusaram o perfil do Marseille de utilizar conteúdos exclusivos de uma partida que são de propriedade da Ligue 1. A suspensão durou algumas horas e a conta foi reativada em seguida. O próprio clube brincou com o fato ao publicar um tweet oficializando seu retorno.
Em 2016, a NFL proibiu suas equipes de gravar vídeos dentro dos estádios e publicá-los em seus perfis posteriormente. O veto se estendia também ao uso de transmissões ao vivo, seja por Live (Facebook e Instagram) ou Periscope (Twitter). Isso fez com que a liga tivesse autonomia de divulgar imagens exclusivas em seus canais online e conquistasse o devido destaque. A regra, contudo, já não está mais tão rígida. Outro grande exemplo é o da F1, que flexibilizou o uso do vídeo de dentro das pistas. Em sua nova era, a Liberty Media liberou a gravação de dentro dos boxes.
O caso do Olympique de Marseille explicita a necessidade de uma boa curadoria ao gerar conteúdo nas redes sociais, principalmente no que tange o uso de imagens de partidas e até mesmo materiais de outros segmentos, como filmes e músicas. Explorar parcerias com Facebook, Twitter e YouTube talvez seja a principal saída para oferecer conteúdos exclusivos e em tempo-real. Premier League, NFL, MLB, MLS e a própria Ligue 1 (YouTube) já possuem acordos do tipo e não dependem apenas do que as emissoras disponibilizam para que possam contemplar suas audiências.
👋🏼 Quand on est de retour dans vos TL #LibertéPourOMofficiel pic.twitter.com/vWSbR42qxR
— Olympique de Marseille (@OM_Officiel) 7 de março de 2018