Há alguns meses o Manchester United atua nos bastidores para fortalecer seu comitê de direção. O processo levará o clube a nomear pela primeira vez em sua história uma mulher para esse grupo de trabalho. Collette Roche assumirá a posição de diretora de operações, cargo que até então não existia nos Red Devils.
A executiva virá do Manchester Airports Group, uma empresa que gerencia a infraestrutura aérea da cidade. A contratação será um marco não somente para o Manchester United, mas também para o próprio futebol britânico. Collette será apenas a sétima mulher a ocupar funções do comitê de direção entre os 92 clubes da Premier League e da English Football League. O rival Manchester City conta com a espanhola Núria Tarré como diretora de marketing. Focando apenas na elite inglesa, ela será a quinta mulher. As outras quatro são Karren Brady (vice-presidente do West Ham), Marina Granovskaia (diretora do Chelsea), Susan Whelan (CEO do Leicester City) e Denise Barrett-Baxendale (vice-presidente executiva do Everton).
A chegada de Collette ocorre após o diretor financeiro do clube, Cliff Baty, ser promovido e ocupar um lugar no conselho de diretores. A nova administração do United será responsável pela gestão de suas principais estruturas, que contempla o Old Trafford e o AON Training Complex, o seu centro de treinamento.
Aos 43 anos, Collette Roche é atualmente a CEO do Manchester Airports Group, que possui três aeroportos britânicos (East Midlands, Manchester Airport e London Stansted Airport). Ela ainda é diretora não executiva da rede de lanchonetes JW Lees e membro do conselho de administração do Northern Powerhouse, projeto proposto e presidido pelo ex-chanceler George Osbourne para impulsionar o crescimento econômico em Manchester, Liverpool, Leeds, Sheffield, Hull e Newcastle. Anteriormente, teve passagens por multinacionais como Ford Motor Company, Siemens e United Utilities. Em todas, chegou a ocupar cargos seniores.
A incorporação de mulheres ao comitê é parte do compromisso do Manchester United de promover a presença das mesmas na instituição. No gigante inglês já existe uma mulher diretora, Darcie Glazer, mas ela trabalha de forma não executiva. Para a próxima temporada, o clube se inscreveu para ingressar um time feminino na Superliga Feminina 2 (WSL2), a segunda divisão da categoria.