Indústria

Especial | Netflix supera TV aberta e fechada na preferência do público americano

Serviço de streaming já é o mais popular como plataforma de entretenimento para ser assistido direto no aparelho da televisão

Especial | Netflix supera TV aberta e fechada na preferência do público americano

10 de julho de 2018

3 minutos de Leitura

Por Eduardo Esteves

 

Antes de traçar um paralelo com o atual momento da indústria do esporte, o MKTEsportivo apresenta uma recente pesquisa feita no mercado norte-americano e que mostra claramente como o consumo de conteúdo tem mudado drasticamente nos últimos anos.

Esta nova realidade do entretenimento já pode ser vista em nosso setor, com esforços de gigantes da internet ao adquirir direitos de transmissão. Este é o caso da Amazon, Facebook, Twitter e a Netflix. Neste último caso, se dá pela produção de materiais originais, como séries e filmes.

A revista Variety divulgou recentemente um estudo feito com 2.5 mil americanos. Questionados a respeito de suas preferências no mercado televisivo, 27% dos entrevistados declarou assistir com mais frequência a Netflix. Já em relação à TV a cabo, preferência por parte de 20% das pessoas. A TV aberta apareceu em terceiro lugar, com 18%, seguida pelo YouTube, com 11%.




Focando exclusivamente no público de 18 a 34 anos, o protagonismo da Netflix é ainda mais notável diante das demais opções, ficando com 40% da preferência. O YouTube aparece na vice-liderança com 17%, seguida pela TV a cabo com 12.6% dessas pessoas. O Hulu, concorrente das plataformas de streaming, é a grande surpresa ao figurar com 7.6% da preferência. A TV aberta, portanto, fica em último lugar com apenas 7.5% da preferência do público.

Por fim, entre os entrevistados que pagam algum serviço de vídeo, a TV a cabo ficou na frente, com 26%, enquanto a Netflix ficou com 24% e a TV aberta completa o TOP 3 com 19%.

Importante destacar que no segundo trimestre de 2018, a Netflix liberou cerca de 452 horas de programação original nos EUA, 51% acima do ano anterior, mas abaixo da produção recorde da empresa de 483 horas no primeiro trimestre de 2018. Para o futuro, analistas acreditam que a Netflix saltará de 83.6 milhões de assinantes internacionais no fim deste ano para 255.2 milhões em 2028. O esporte terá papel fundamental neste incremento de usuários.

Entre as marcas, a Adidas já anunciou há algum tempo que deixaria de investir na mídia tradicional para migrar para o digital. O Facebook mudou sua estratégia, antes focada em parceiras para “terceirizar” transmissões, e já adquiriu direitos de torneios como Champions League (Brasil ), Libertadores e Premier League. A Amazon segue com o Thursday Night Foootball, da NFL, por mais uma temporada, enquanto a Netflix está com produtos originais com a Juventus e Fórmula 1, além de novidades envolvendo uma série com Michael Jordan.

Ainda imbatível diante da ameaça de serviços de streaming, e que contrapõe todo o cenário apresentado, o conteúdo ao vivo continua sendo o que mais faz sentido para ser visto na televisão. O fato apenas reforça a necessidade dos players investirem cada vez em direitos de transmissão, algo que a Netflix busca deixar claro que, por enquanto, não irá explorar.

 

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