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Jogos do Brasil foram os mais pirateados da primeira fase da Copa do Mundo

Empresa que atua na prevenção de transmissões piratas detectou 5.088 frentes ilegais de streaming durante os duelos da Seleção Brasileira

Jogos do Brasil foram os mais pirateados da primeira fase da Copa do Mundo

05 de julho de 2018

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Prática que as principais ligas de futebol da Europa tentam coibir incansavelmente a cada temporada, a transmissão ilegal dos jogos segue em atividade nesta Copa do Mundo. E os duelos do Brasil na primeira fase lideraram este negativo cenário.

De acordo com relatório da Irdeto, empresa que atua na prevenção de pirataria, foram detectadas 5.088 frentes ilegais de streaming que redistribuíram os jogos da Seleção Brasileira durante a fase de grupos do Mundial. Ao todo, foram aproximadamente 582 feeds com sinais piratas identificados durante os jogos contra a Suíça, Costa Rica e Sérvia. A estreia da equipe de Tite bateu recorde de audiência, com aproximadamente 613.715 pessoas consumindo via sinal pirateado.




O Brasil é seguido por Marrocos, com 561 frentes de streaming piratas, e Portugal na terceira posição (535). Mesmo com todos os seus jogos sendo transmitidos em Tv aberta no Reino Unido, a Inglaterra foi a quinta equipe mais pirateada com 523 transmissões ilegais.

“Como um dos maiores eventos esportivos do mundo, a Copa do Mundo inevitavelmente atrai muita atenção global dos piratas, bem como dos telespectadores legítimos. Proprietários de conteúdo, detentores de direitos e proprietários de plataformas devem continuar trabalhando juntos e alistar tecnologia e serviços proativos para derrubar fluxos ilegais em tempo real à medida que progredirmos ao longo do torneio. Enquanto isso, os telespectadores desses fluxos realmente devem considerar os riscos aos quais estão se expondo, observando fluxos ilegais e a potencial ameaça de penalidades criminais”, afirmou Rory O’Connor, vice-presidente sênior de serviços de segurança cibernética da Irdeto.

Segundo a empresa, Facebook, Periscope, YouTube e Twitch têm sido os principais agregadores dos fluxos ilegais, com 3.773 de 5.088 canais sendo detectados em plataformas sociais, com um alcance estimado de 4.292.874 usuários.

A pirataria tem sido um tema de amplo debate durante a Copa do Mundo. O caso de maior destaque ocorreu com a rede de TV saudita BeoutQ, acusada de piratear o sinal de transmissão dos jogos da Copa para o seu país de origem. Como o país árabe e o Qatar não têm mais relações diplomáticas, a BeIn Sports, emissora do governo qatari e que transmitiria o Mundial na Arábia Saudita, foi impedida de enviar o sinal dos jogos para a nação que disputou a primeira fase do torneio.

Tais práticas tomam grandes proporções já que, com o aumento da pirataria de sinal, é improvável que as emissoras continuem investindo bilhões em conteúdo que é facilmente redistribuído por plataformas de transmissão ilegais.

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