Indústria

Insatisfeitos, clubes da Ligue 1 querem renegociar direitos de transmissão globais

Pelo acordo atual, renovado em 2014,, a emissora saudita paga US$ 70 milhões aos membros da liga

Insatisfeitos, clubes da Ligue 1 querem renegociar direitos de transmissão globais

25 de outubro de 2018

2 minutos de Leitura

Os clubes da Ligue 1 estão insatisfeitos com os valores referentes aos direitos internacionais. De acordo com o portal francês 20 Minutes, os executivos dos membros da liga exigem da Liga Francesa de Futebol Profissional (LFP) e da BeIN Sports, grupo de mídia responsável por comercializar os direitos no exterior, a renegociação imediata do contrato.

Pelo acordo atual, firmado inicialmente em 2011 e renovado em 2014 até 2024, a emissora saudita paga US$ 70 milhões aos clubes. Qualquer rendimento ganho sobre o valor é dividido somente entre a Ligue 1 e a BeIN. Para efeito comparativo, os participantes da Premier League dividem atualmente US$ 1.5 bilhão, enquanto os direitos globais da La Liga estão avaliados em US$ 746 milhões. A Bundesliga, que figura atrás da Série A italiana (US$ 425 milhões), aparece bem distante da elite francesa ao embolsar US$ 287 milhões. Por outro lado, os direitos domésticos da liga francesa foram vendidos por US$ 1.33 bilhão para a própria BeIN e Mediapro.

Em entrevista ao 20 Minutes, o vice-presidente do Mônaco, Vadim Vasyliev, afirmou que o contrato de longo prazo acordado com a BeIN foi “um erro”, acrescentando que “deve ser alterado para os interesses do futebol francês”.

Desde que o contrato existente foi assinado, os elevados gastos do Paris Saint-Germain em reforços contribuíram para o aumento do interesse no futebol do país. Segundo o CEO da LFP, a audiência do torneio subiu 25% em relação a temporada anterior.

Segundo o L’Equipe, a federação realizou um estudo sobre o valor que a BeIN atribui aos direitos internacionais da Ligue 1, estimando que o grupo de mídia considera que os direitos no Oriente Médio, Norte da África e EUA valem € 25 milhões (US$ 28.5 milhões). A entidade, no entanto, constatou que o valor desses direitos deveria ser de cerca de € 64 milhões (US$ 73 milhões). Esta diferença de de € 39 milhões totalizaria € 234 milhões ao final dos seis anos que restam do contrato.

Compartilhe