Indo na contramão de iniciativas vindas de clubes do próprio país de construírem estádios próprios, como é o caso da Juventus, Milan e Inter de Milão se uniram em consórcio para pleitear a concessão de 99 anos do San Siro/Giuseppe Meazza junto à prefeitura de Milão.
Segundo o jornal La Gazzetta dello Sport, o objetivo dos rivais é obter o “direito de superfície”, que permitiria aos clubes gerir o estádio como se fossem reais proprietários.
Atualmente, por um investimento anual de € 3,5 milhões cada, Milan e Internazionale dividem o mando entre San Siro/Giuseppe Meazza. Ambos já contam com um plano de reestruturação do local, avaliado em € 15 milhões. Uma vez confirmada a concessão, as obras de reestruturação obrigaria os arquirrivais a mandarem seus jogos temporariamente em outros locais. O Milan, por exemplo, já recebeu sondagens de Sesto San Giovanni, cidade do interior milanês, e que abriga a casa do modesto Pro Sesto.
Além dos laços históricos, o estádio San Siro/Meazza tem sido fundamental para a receita de ambos clubes. Para os rossoneri, a bilheteria foi uma das poucas frentes que salvou dentro do balanço divulgado recentemente pelo clube com prejuízo recorde em sua história. Para a Inter, a temporada 2018/19 registra excelente número de vendas de ingressos e faturamentos. O último Derby dela Madonnina, por exemplo, rendeu pouco mais de € 5 milhões, a terceira maior renda da história da elite italiana.