Indústria

Especial | Americanos apoiam legalização das apostas esportivas nos EUA

Pesquisa da American Gaming Association mostra que 63% dos entrevistados concorda com a decisão da Suprema Corte

Especial | Americanos apoiam legalização das apostas esportivas nos EUA

08 de fevereiro de 2019

4 minutos de Leitura

Por Eduardo Esteves

 

Tema que começa a ganhar muito espaço no Brasil, as apostas esportivas já caminham de modo mais acelerado nos Estados Unidos no que tange acordo firmados por agremiações e ligas. De olho nesta expansão, a American Gaming Association (AGA) elaborou uma pesquisa no mercado americano buscando entender a percepção do norte-americano a respeito do tema.

Podcast: Apostas esportivas – o impacto da legalização no esporte brasileiro

Segundo o levantamento, dos entrevistados, 63% apoia a decisão da Suprema Corte dos EUA de derrubar a proibição federal de apostas esportivas. Oito em cada dez americanos apóia a legalização em seus estados.

Leia também: O grande passo dado pelo Brasil ao legalizar jogos e apostas

Uma esmagadora maioria (79%) também apoia uma rápida liberação da legislação de apostas esportivas em seus respectivos estados. Como elas são legais ou contam com projetos para tal em 36 estados, os legisladores norte-americanos estão procurando agradar seus eleitores o mais rápido possível (enquanto se beneficiam do aumento das receitas fiscais que se seguirão também).

Com liberação em diversos estados, apostas batem recorde no Super Bowl

“Os resultados desta pesquisa são extremamente claros: os consumidores querem apostas esportivas legais, eles acreditam que ela deve ser regulamentada por governos estaduais e não acham que as ligas devem ter um corte”, disse Sara Slane, Vice-Presidente Sênior de Assuntos Públicos da AGA.

Especial MKTEsportivo: Quanto as principais ligas dos EUA poderiam arrecadar com apostas

“Durante o final de semana do Super Bowl, 23 milhões de americanos apostaram US$ 6 bilhões. Para colocar isso em perspectiva, os americanos investiram aproximadamente a mesma quantia neste único evento que apostaram legalmente em todo o ano de 2018”, acrescentou.

De acordo com outro estudo desenvolvido pela Nielsen Sports encomendado pela mesma American Gaming Association (AGA), as quatro principais ligas esportivas profissionais dos EUA poderiam arrecadar US$ 4.2 bilhões anuais com apostas. A maior parte seria oriundo do aumento do engajamento dos fãs, uma vez que tudo seria feito na legalidade.

“Os americanos continuarão a apostar ilegalmente sem acesso a alternativas seguras e regulamentadas. Com a legislação de apostas esportivas inundando as capitais dos estados em todo o país, os legisladores podem buscar essas oportunidades, sabendo que contam com o apoio de seus eleitores”, concluiu Slane.

Exclusivo: Estudo detalha o atual cenário do mercado de apostas esportivas

Importante destacar que a maioria das grandes ligas dos EUA têm pressionando os governantes por “taxas de integridade”, ou seja, desejam receber uma parcela da receita dos valores apostados. Apenas 23% dos americanos concordam com essa ideia, enquanto 55% se opõem à ela.

Como o MKTEsportivo antecipou, a partir da próxima temporada a NFL passará a permitir que casas de apostas patrocinem as equipes. A medida da liga segue uma decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos que votou à favor da legalização das apostas esportivas no país. Por outro lado, algumas regras devem ser seguidas, como por exemplo, a impossibilidade de anunciar de maneira explícita as empresas do setor. Está liberado, por exemplo, que as equipes recebam investimentos oferecendo espaços publicitários em programas de pré e pós-partida. A liga de futebol-americano já fechou com a Caesars Entertainment, enquanto o Dallas Cowboys foi o pioneiro entre as franquias.

Nos EUA, a NBA foi a primeira grande liga esportiva a explorar a mudança ao anunciar m acordo de US$ 25 milhões com a MGM Resorts International, que se tornou parceira oficial de jogos da liga e da WNBA.

Como resultado, a Sportcal prevê que o mercado de patrocínio de apostas atingirá os US$ 232 milhões até 2020, podendo dobrar para US$ 475 milhões até 2024 caso os sete estados sigam a liberação pretendida.

 

Compartilhe