Indústria

Maringá FC adere à campanha de violência contra a mulher

Clube anunciou parceria com a Rede de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher

Maringá FC adere à campanha de violência contra a mulher

13 de fevereiro de 2019

3 minutos de Leitura

No último domingo (10), o Maringá Futebol Clube iniciou uma campanha que faz um alerta ao abuso e violência sofridos pelas mulheres, em parceria com a Rede de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher. Antes da partida contra o Cascavel, os jogadores entraram em campo com uma faixa com o slogan “Quem respeita, sempre ganha o jogo” com o objetivo de conscientizar e incentivar as denúncias de violência praticada contra a mulher.

Além da participação dos atletas, o locutor do estádio Willie Davids emitiu informativos no começo e intervalo do jogo para as pessoas que buscam assistência e informações sobre a lei número 11.340/06, conhecida como Lei Maria da Penha. Em março, mês da mulher, o clube ampliará a divulgação e incluirá ações do núcleo durante o “Esquenta Maringá”.

“O Maringá é contra qualquer tipo de violência e usarmos o futebol para transparecer esta mensagem está sendo e será uma atitude muito eficaz e positiva para a campanha. Estamos alertando a população para a vulnerabilidade das mulheres e pregando respeito, seja dentro de casa, campo, entre as torcida ou roda de amigos. Com essa campanha, buscamos advertir a população sobre estes crimes contra a mulher e incentivar o respeito a todas elas”, declarou João Vitor Mazzer, diretor de Marketing do Maringá FC.

Crishna Correa, do Núcleo de Extensão sobre a Lei Maria da Penha (NUMAP/UEM), e Magda Marina Hofstaetter, delegada da Delegacia da Mulher, enalteceram a bandeira levantada peo MFC.

“A escolha do futebol, como meio para a realização da campanha, se deu dentro de uma tentativa da rede de enfrentamento de alcançar cada vez mais o público masculino a fim de prevenir e informar sobre a violência contra as mulheres. As ações direcionadas a esse público visam, entre outras mensagens, alertar para a condição humana da mulher, tentando desconstruir a ideia de que o corpo e mente da mulher se constituem em objetos à disposição do outro”, explicaram.

“A campanha busca, portanto, incentivar o respeito em relação à mulher em qualquer ambiente em que ela escolha estar: em casa, na rua, no trabalho ou no estádio de futebol. Dados mostram ainda que a violência contra as mulheres aumenta durante e após os jogos de futebol, quando sabemos que a mulher não tem responsabilidade alguma pela derrota dos times. Vamos respeitar as mulheres!”, completaram.

De acordo com Rede de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, somente em 2018, em Maringá, a Delegacia da Mulher registrou 2.414 Boletins de Ocorrência – uma média de sete por dia – de casos relacionados à violência contra a mulher. O núcleo Maria da Penha da Universidade Estadual de Maringá (UEM) recebe em média três a cinco mulheres por dia procurando acolhimento ou buscando informações relacionadas à violência doméstica, enquanto o Centro de Referência da Mulher de Maringá já chegou a atender mais de 500 mulheres em um único mês.

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