A Fifa anunciou hoje a criação de um novo Mundial de Clubes. Neste novo modelo, ele será disputado a cada quatro anos e contará com a presença de 24 times. A primeira edição será organizada em junho e julho de 2021, ocupando a janela do calendário deixada pela Copa das Confederações, que será extinta. O local do torneio ainda não foi definido.
Sobre a divisão de participantes, será da seguinte maneira: oito clubes da Europa, seis da América do Sul e o restante dividido entre os demais continentes. Cada confederação continental terá os seus próprios critérios de classificação ao Mundial. As edições de 2019 e 2020 seguirão o modelo atual.
“Houve muitas discussões construtivas, com o presidente da Uefa. Estamos avançando nesse assunto. Temos a responsabilidade de tomar decisões, e tomamos a decisão, e nas próximas semanas essas discussões vão dar frutos. Hoje há clubes que representam mais do que uma cidade, um país. Há clubes que são internacionais, têm fãs por todos os lados. Será importante para eles tentar ser campeões mundiais”, disse Gianni Infantino, presidente da Fifa.
Agora, resta a entidade suíça lidar com outro problema. Os principais clubes da Europa já haviam dito que não participariam do Mundial caso a competição fosse ampliada para 24 equipes. A Associação Europeia de Clubes (ECA), que representa 232 equipes e é presidida por Andrea Agnelli, presidente da Juventus, se “opõe firmemente à aprovação de uma Copa Mundial de Clubes ampliada”, alertou a entidade em carta enviada a Infantino. Os presidentes de Real Madrid, PSG, FC Barcelona, Bayern de Munique e Manchester United também assinaram o documento.
A Uefa e a ECA acreditam que o calendário internacional não permite que esta competição seja realizada em 2021. A Associação dará um parecer final sobre o caso no dia 26 de março, data da próxima reunião do conselho de administração