A seleção feminina dos Estados Unidos entrou com um processo contra a Federação de Futebol (US Soccer), três meses antes do início da Copa do Mundo da França. As 28 jogadores que formam a equipe assinaram o processo apresentado em uma corte federal em Los Angeles no qual exigem igualdade salarial e as mesmas condições de trabalho que o selecionado masculino. As estrelas Alex Morgan, Carli Lloyd e Megan Rapinoe lideram o grupo.
No processo, as atletas alegam que existe “discriminação de gênero institucional” na federação americana e que isso não afeta apenas financeiramente, mas também no local onde jogam e treinam, o quanto viajam para as partidas e o tratamento médico e o treinamento que recebem.
“A USSF não conseguiu promover a igualdade de gênero. Se negou obstinadamente a tratar suas funcionárias que são membros da equipe nacional feminina de maneira igual a seus funcionários homens que são membros da equipe nacional masculina. A USSF admitiu que paga a suas jogadoras menos que a seus jogadores e chegou a afirmar que ‘as realidades do mercado são tais que as mulheres não merecem receber igual aos homens’. A USSF admite tal discriminação de gênero intencional inclusive em momentos em que as mulheres “obtiveram mais lucros, jogaram mais partidas, venceram mais partidas, ganharam mais campeonatos e/ou obtiveram audiências televisivas mais altas”, diz o processo.
Vale destacar que a seleção feminina dos EUA conquistou o Mundial em três oportunidades: em 1991, na China; em 1999, nos Estados Unidos; e em 2015, no Canadá. Por outro lado, a equipe masculina conseguiu, no máximo, alcançar às semifinais no Uruguai, na Copa de 1930. De lá pra cá, o melhor resultado foi a presença nas quartas de final em 2002, na Coreia e Japão.
De acordo com o jornal New York Times, a US Soccer não respondeu ao pedido de comentário sobre o assunto e afirmou desconhecer o processo.