O Botafogo deve em breve terceirizar sua gestão a um fundo de investimentos e, assim, iniciar um processo para tentar sanar as dívidas estão próximas dos R$ 700 milhões. Na semana passada, a diretoria executiva do clube recebeu um grupo de executivos da consultoria EY e os irmãos Moreira Salles, fundadores do Unibanco e líderes do grupo investidor. Na reunião, foi apresentado o plano para terceirização do clube ao fundo a partir de 2020.
Pela proposta, o fundo de investimentos se comprometeria a investir R$ 300 milhões para sanar as dívidas de curto prazo e, posteriormente, manteria investimentos aunais no Botafogo para conseguir quitar toda a dívida e investir na montagem de um time de futebol competitivo para a disputa das competições.
“Nossa intenção não é determinar o destino do Botafogo, mas oferecer opções. Somos torcedores do Botafogo e queremos o melhor para o clube. Acima de tudo, não queremos ser donos do clube ou administrá-lo. Nossa única intenção ao contratar a Ernst & Young foi entregar ao Botafogo, nesse momento tão crítico, um roteiro realista dos caminhos possíveis a serem percorridos. A partir daí, caberá ao clube e aos seus torcedores definir o seu futuro”, declararam os irmãos Salles em entrevista à Rádio Brasil.
Para ser colocado em prática a partir de 2020, o projeto dos irmãos precisará ser aprovado pelo Conselho Deliberativo do Botafogo, o que significaria uma mudança no estatuto do clube, permitindo que o futebol se separe da parte social, permitindo a entrada de novos investidores.