O mercado europeu está movimentado não apenas com as transferências de jogadores, mas também com novos acordos de patrocínio. No início de julho, a La Liga e a Premier League assinaram um contrato de longa duração com uma marca de bebida. Além disso, o mercado de empresas digitais parece cada vez mais dominar o espaço nas principais camisetas dos clubes que disputam os títulos do velho continente.
Apesar de não ter os valores divulgados, o acordo entre a Budweiser e as duas ligas europeias deve atingir diretamente cerca de 20 países. A ideia do patrocínio é associar a marca nas transmissões dos torneios pelo mundo. No Brasil, por exemplo, a audiência do Campeonato Inglês consegue crescer cerca de 35% todo ano, segundo divulgação do portal Na Telinha. O torneio tem sido um dos principais ganhos da ESPN por aqui.
A aposta da marca na Premier League não é nenhuma surpresa, já que os números do torneio só crescem no âmbito mundial. São mais de 3 bilhões de pessoas que acompanham, de alguma forma, os jogos em mais de 180 países diferentes. Um sucesso de marca e que cresce quase 11% anualmente. Nesta temporada 2019/2020, a expectativa é de maior competitividade para fazer ainda mais sucesso fora dos gramados.
Diferente de outros torneios europeus, a Premier League tem como característica um equilíbrio maior na disputa pelo título. Em maio deste ano, o Manchester City só conseguiu confirmar a liderança na 38ª rodada, ou seja, na última. A expectativa é que a disputa contra o Liverpool volte a acontecer, já que as duas equipes aparecem como favoritas no site da Betway, empresa de futebol bets. No dia 7 de agosto, os atuais campeões apareciam com 69,4% de chances de repetir a conquista.
A Liga milionária
Além de apostar na Inglaterra, a Budweiser também acertou um acordo com a La Liga. A ideia é aproveitar o sucesso midiático que Real Madrid e Barcelona conseguem. Os dois clubes são os principais líderes em valores e receitas no mundo, como mostram os dados do portal da Transfermarkt. Os dois rivais possuem um valor de mercado, juntos, na casa dos 2 bilhões de euros. Algo que não passa despercebido pelas empresas.
Até o final de julho, o torneio espanhol já se mostrava milionário na janela de transferência. Até mesmo o Atlético de Madrid conseguiu certa evidência. O clube dirigido por Diego Simeone contratou o jovem português João Félix por R$ 543 milhões e bateu recordes no mercado de transferência. Barça e Real não ficam para trás, como mostra reportagem do jornal O Lance, já que juntos gastaram quase R$ 1 bilhão em transferência em 2019.
Dessa forma, a divulgação da La Liga globalmente não vai fazer feio e o acordo da Budweiser com eles deve valer a pena. Aliás, a marca não é completamente desconhecida neste universo do esporte, já tendo grandes acordos com outras modalidades. A NFL, por exemplo, é um mercado bastante explorado pela empresa norte-americana. Então, a marca sabe bem como investir neste nicho tão caro e valorizado.
Clubes também movimentam
Não foram só as ligas que conseguiram novos acordos de patrocínio. Alguns clubes mantiveram bons contratos vindo do mercado digital, algo que já parece padrão no futebol europeu. O Leicester City, por exemplo, renovou contrato com a empresa eToro, que trabalha no mercado de Bitcoin. A moeda digital mais popular no mundo, e que começa a ganhar cada vez mais espaço dentro dos times.
Os sites de empresas virtuais já dominam grande parte das camisas dos clubes ingleses. Eles são mais que 50% dos 20 times que disputam a Premier League. Algo que ainda surpreende alguns, mas que é um padrão em outros torneios. Barcelona e Real Madrid também possuem acordos com empresas digitais, assim como outros clubes espanhóis. São oportunidades que não podem passar.
A temporada 2019/2020 está apenas começando, porém já possui algumas características que permitem uma projeção para o futuro. Assim como futebol já começa a usar o VAR e outras tecnologias para deixar o jogo dentro de campo mais justo, o mercado digital também começa a ajudar nos cofres. Acordos cada vez maiores devem acontecer, seja com os clubes ou até mesmo nas ligas. É um investimento que, a cada ano, parece ter uma resposta mais positiva.