A Associação Chinesa de Futebol (CFA) passará para os seus clubes a propriedade da Super Liga Chinesa (CSL), principal competição de futebol do país. O objetivo do movimento é incentivar e impulsionar o desenvolvimento comercial da liga como um todo.
Hoje, a competição é administrada por uma holding. Internamente, 36% do capital pertencem à Associação Chinesa de Futebol, enquanto cada um dos 16 times possui 4%. Até dezemro, a entidade vai renunciar à participação majoritária, permitindo que os clubes formem um comitê para dividir todo o controle entre si.
“No futuro, a CSL deve operar como uma empresa independente e orientada para o mercado, como a Premier League na Inglaterra. A CFA não se envolverá mais no dia a dia e não atuará mais como acionista da liga profissional, permanecendo apenas com os direitos de propriedade e funcionando como um órgão de supervisão. A administração e as operações serão transferidas para o comitê da liga profissional”, disse Liu Yi, diretor geral de segurança da CFA.
Em agosto, Chen Xuyuan, presidente da CFA, concedeu uma entrevista à uma agência de notícias oficial do governo chinês já dando indícios de que os clubes teriam protagonismo.
“A CSL e as ligas inferiores estão se desenvolvendo rapidamente nos últimos anos, mas ainda estão enfrentando uma enorme crise. O desenvolvimento saudável das ligas profissionais é a pedra angular do futebol chinês. Os clubes precisam ser financeiramente independentes. Estamos longe disso. Acho que no futuro, a CSL e a CFA serão parceiras. Enquanto deixarmos as regras claras, não haverá muito conflito entre as duas e nossas ligas profissionais serão capazes de se desenvolver melhor”, disse em agosto.
Esta iniciativa se assemelha ao modelo de sucesso da Premier League. Criada em 1992, ela é fruto de uma decisão dos clubes de romperem com a Football League, fundada em 1888, com o intuito de incrementarem suas receitas provenientes de direitos de transmissão.