Indústria

Crise abala relação comercial da NBA com a China

Governo chinês cancelou dois eventos envolvendo equipes da liga e cobra posição firme contra posicionamento político

Crise abala relação comercial da NBA com a China

09 de outubro de 2019

2 minutos de Leitura

O MKTEsportivo revelou a crise geopolítica desencadeada pelo General Manager do Houston Rockets após a publicação de um tweet em apoio à Hong Kong. Os reflexos estão longe do fim.

Nesta quarta-feira (9), o evento social NBA Cares que o Los Angeles Lakers realizaria em Shanghai foi cancelado pelos chineses. Um dia antes, o evento do Brooklyn Nets, que está no país para enfrentar a equipe de LeBron James, também não ocorreu por decisão governo chinês. Agora, resta saber se o encontro entre as franquias será realizado.

Nem mesmo a posição de Adam Silver, comissário da liga, de defender a liberdade de expressão e tirar da entidade a necessidade de se posicionar sobre a questão política da China adiantou.

“É inevitável que pessoas de todo o mundo, inclusive da América e da China, tenham pontos de vista diferentes sobre questões diferentes. No entanto, a NBA não se colocará em posição de regular o que jogadores, funcionários e proprietários de equipes dizem ou não dizem sobre essas questões. Simplesmente não conseguimos operar dessa maneira”, afirmou o mandatário.

Ciente da força comercial que exerce dentro da liga, a China parte para uma “pressão” comercial contra a NBA para que a mesma tome medidas drásticas contra tais posicionamentos. O Houston Rockets perdeu alguns patrocínios que tinha de empresas chinesas, enquanto a CCTV (TV pública estatal) e a Tencent, detentora dos direitos de streaming, anunciaram que não vão transmitir as partidas de pré-temporada para o território chinês.

O conflito entre China e Hong Kong existe há muito tempo, mas se intensificou no nos últimos 20 anos. Hong Kong é considerado território chinês desde a época da China Imperial e busca sua independência desde o início do século XXI. Este ano, iniciou-se uma série de protestos nas ruas de Hong Kong e, desde então, o movimento vem se intensificando. O povo local alega falta de democracia do regime chinês e que buscam liberdade.

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