Em fevereiro deste ano, o governo chinês reconheceu oficialmente “profissionais de e-sports” e “operadores de e-sports” como cargos oficiais no país. Em seguida, cursos relacionados aos esportes eletrônicos também foram adicionados à grades de ensino de várias faculdades do país. E isso diz muito sobre o aumento desenfreado de consumo por parte dos chineses.
De acordo com dados da Newzoo e da consultoria PwC, o país asiático em breve ultrapassará a Coréia do Sul como o segundo maior mercado de e-sports depois dos EUA. Espera-se que o setor continue a crescer em território chinês a uma taxa anual de 21% até 2023. Neste ano, a China deve movimentar US$ 210 milhões em receita, contra US$ 409.1 milhões dos EUA.
Este emergente cenário começou a ganhar corpo em novembro de 2017, quando Hangzhou, capital da província de Zhejiang, no leste da China, criou uma “cidade de e-sports”. Logo em seguida, a LGD Gaming (parceira do Paris Saint-Germain) e a Allied Gaming (empresa dedicada à produção de conteúdos e eventos de esports), duas das franquias mais bem-sucedidas do país, inauguraram um escritório conjunto para atender seus times e demais demandas que surgissem.
Para o futuro, Hangzhou espera atrair mais de 10 mil profissionais (entre gamers e executivos) e faturar US$ 140 milhões em receita. A cidade também planeja construir 14 novas instalações até 2022 e está disposta a investir até US$ 2.22 bilhões para tal. O complexo trará hotel temático, hospital para jogadores, centro acadêmico de e-sports e um parque de diversão. Tudo para dar um melhor suporte e atendimento à empresas e organização de torneios locais e internacionais.
Atualmente, seis cidades chinesas (Hangzhou, Chongqing, Xangai, Xian, Sanya e Haikou) competem para se tornar o próximo grande centro de e-sports mundial. Hangzhou, que sediará os Jogos Asiáticos de 2022, e Chongqing, que recentemente foi casa do Alisports WESG (World Electronic Sports Games), que distribuiu um total de US$ 2.5 milhões em prêmios, largam na frente.