O contrato entre a Adidas e o Cruzeiro sequer começou (valer a partir de 1° de janeiro) e o clube já fala em rompe-lo. Pouco depois da marca apresentar as novas camisas da Raposa, em entrevista ao “Globoesporte.com”, Vittorio Medioli, novo CEO do Cruzeiro, colocou em dúvida o futuro da parceria.
O executivo, que também é dono da transportadora Sada e prefeito de Betim, disse que deverá romper com a fabricante e adotar a estratégia de ter uma marca própria para o clube.
“Vamos montar uma marca própria, como vários clubes estão fazendo. Não é a marca Adidas que vende, é a marca Cruzeiro. E aí a desproporcionalidade é absurda. Poderemos vender produtos de excelente qualidade a um preço que deixa uma margem de lucro maior para nós. Lançaremos uma marca própria, que será do Cruzeiro. Que os torcedores entendam: isso é para garantir o futuro do Cruzeiro”, disse Medioli, que ainda afirmou que se o clube devolver o dinheiro que foi adiantado, pode rescindir o contrato firmado.
À exemplo do que tem feito com outras agremiações, como o São Paulo, a Adidas não paga um valor fixo para o Cruzeiro. A empresa estipula um valor maior nos royalties que são pagos para exploração comercial do negócio e os dois lados assumem o risco da operação.
No caso do clube mineiro, dada sua grave crise financeira, o Cruzeiro pediu o adiantamento de R$ 2,5 milhões, cifra esta que que cabe ao clube neste primeiro ano de contrato.
Cruzeiro e Adidas decidiram antecipar o anúncio da parceria entre ambos, que passará a valer a partir de 1° de janeiro de 2020.
A ausência de um anúncio grandioso se justifica. Recém-rebaixado à Série B do Brasileiro, o clube vive um momento conturbado fora de campo. pic.twitter.com/WG6F4FKJLM
— MKTEsportivo (@mkt_esportivo) December 26, 2019