Indústria

EY e CBF apresentam relatório sobre impacto do futebol na economia

"O Impacto do Futebol Brasileiro" destaca que foram movimentados R$ 52.9 bilhões em torno do esporte em 2018

EY e CBF apresentam relatório sobre impacto do futebol na economia

16 de dezembro de 2019

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À pedido da Confederação Brasileira de Futebol, a empresa de consultoria EY desenvolveu um relatório completo sobre o impacto do futebol na economia do país. Batizado de “O Impacto do Futebol Brasileiro“, o documento destaca que foram movimentados R$ 52.9 bilhões em torno da indústria do futebol em 2018. O valor é equivalente a 0,72% de impacto no PIB. O levantamento leva em consideração o dinheiro que circulou via CBF, federações estaduais, clubes, patrocinadores, mídia e torcedores.

De acordo com a entidade, o material “procurou entender o futebol brasileiro como indústria, identificar onde esse setor se encontra no cenário econômico, mapear esportiva e economicamente a cadeia produtiva do futebol e avaliar a sua evolução ao longo dos anos”.

“Apresentamos um estudo muito profundo, delicado e com resultados significativos. Um diagnóstico completo do nosso futebol na economia do país. Nosso objetivo é entregar esse relatório ao Governo Federal e mostrar a relevância do futebol como negócio e não só como lazer. É um setor produtivo que afeta diretamente nossa economia”, disse Walter Feldman, Secretário Geral da CBF.

De acordo com o levantamento, foram gerados 156 mil empregos no futebol, que representaram R$ 3.34 bilhões em salários e encargos sociais. Da mão de obra empregada, 55% são pessoas ligadas à operação de dias de jogos.

“A economia do esporte é muito importante, o futebol, principalmente, por ser o mais popular do país. Um estudo como esse aumenta o grau de formalização das informações que nós temos sobre o setor esportivo e nos ajuda a tomar medidas e a gerar políticas econômicas que beneficiem a economia como um todo e a esse setor em particular”, completou Caio Megale, representante do Ministério do Esporte.

O Brasil terminou a temporada de 2018 com 874 clubes profissionais ativos e 895 inativos. Do universo de 1.430 clubes registrados na CBF e nas federações, 83 são geridos como clube-empresa e pagam impostos.

Outro ponto destacado pelo estudo foi em relação aos ganhos dos jogadores. Dos 11.683 com contratos ativos registrados na CBF em 2018, cerca de 55% ganha em média um salário mínimo, com outros 33% entre R$ 1.001 a R$ 5.000.

Por outro lado, a cadeia do futebol contribui com apenas 1.43% de seus ganhos para impostos (R$ 761 milhões), volume considerado baixo em relação ao praticado por setores da economia.

“Vamos usar esse estudo como marco de trabalho até para medir a evolução que estamos propondo ao futebol brasileiro”, finalizou André Megale, diretor de governança e conformidade da CBF.

Para chegar ao resultado, a EY utilizou a mesma metodologia adotada em estudos feitos para a Premier League, Bundesliga, entre outras gigantes do esporte global.

Imagens: Divulgação

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