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Por doping, Rússia é banida da Olimpíada 2020 e da Copa 2022

Decisão foi tomada após a falsificação de dados dos controles de doping entre janeiro de 2012 e agosto de 2015

Por doping, Rússia é banida da Olimpíada 2020 e da Copa 2022

09 de dezembro de 2019

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A Rússia está banida dos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020 e da Copa do Mundo do Qatar em 2022. A Agência Mundial Antidoping (Wada) anunciou sua decisão nesta segunda-feira (9) e será válida em todos os principais eventos esportivos pelos próximos quatro anos. A Eurocopa 2020 não perderá São Petersburgo como uma das 12 sedes, pois não está categorizada no grupo de competições restringidas.




Há, no entanto, uma ressalva no caso: os atletas que conseguirem provar que não têm nenhum tipo de ligação com o escândalo do doping russo poderão competir sob bandeira neutra em Tóquio 2020, por exemplo. Ainda assim, a bandeira e o hino da Rússia não serão permitidos nos eventos.

A Wada tomou a decisão após perceber falsificação de dados dos controles de doping entre janeiro de 2012 e agosto de 2015 entregues à entidade pela Agência Russa Antidoping (Rusada) em janeiro deste ano. A Rusada havia sido obrigada a entregar os dados como uma condição para a reintegração da Rússia aos eventos esportivos mundiais após uma suspensão de três anos pelo escândalo de doping “patrocinado” pelo Estado, que foi relatado pela própria Wada em novembro de 2015 e que teve início pelo atletismo, sendo expandido depois para os demais esportes.

“Por muito tempo o doping russo prejudicou o esporte limpo. A violação flagrante pelas autoridades russas das condições de restabelecimento da Rusada (Agência Antidoping da Rússia), aprovadas pelo Comitê Executivo em setembro de 2018, exigiu uma resposta robusta. É exatamente isso que foi entregue hoje. A Rússia teve a oportunidade de colocar sua casa em ordem e voltar a se juntar à comunidade internacional antidoping para o bem de seus atletas e a integridade do esporte, mas optou por continuar na sua posição de fraude e negação. Como resultado, o Comitê Executivo da Wada respondeu nos termos mais fortes possíveis, protegendo o direito dos atletas russos, que podem provar que eles não estavam envolvidos e não se beneficiaram desses atos fraudulentos”, destacou Craig Reedie, presidente da Wada, em nota.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) chegou a excluir a Rússia dos Jogos Olímpicos do Rio 2016 e de Inverno de Pyeongchang 2018, mas deixou nas mãos das federações nacionais a decisão de executar a suspensão. O COI ainda não se pronunciou sobre a decisão desta segunda-feira, mas já indicou que não deve se opor ao estipulado pela entidade.

Agora, a Rusada tem 21 dias para recorrer da proibição. Se decidir exercer esse direito, deverá encaminhar o pedido ao Tribunal Arbitral do Esporte.

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