O desafio do novo (ou nova) profissional será grande, afinal, Richard Scudamore foi contratado em novembro de 1999 e desempenhou um papel fundamental na condução do crescimento da liga não somente no Reino Unido, mas também no mundo. Quando assumiu, os direitos domésticos da Premier League haviam sido vendidos por £ 670 milhões. Agora, após quase duas décadas, o Scudamore deixou a liga tendo negociado todos os sete pacotes para o Reino Unido para o período até 2022 por £ 5.14 bilhões.
Tudo indicava que a longa procura da Premier League por um novo CEO teria terminado quando a mesma anunciou a chegada de David Pemsel no início de outubro. Então executivo-chefe do Guardian Media Group, proprietário do jornal The Guardian, o profissional de 51 anos assumiria sua nova posição em abril do ano que vem. Sim, assumiria.
Na semana passada, um jornal vazou uma íntima troca de mensagens de WhatsApp entre Pemsel, que é casado, e uma ex-colega na casa dos 20 anos de idade. Com o assédio tornando-se público, o executivo optou por renunciar ao cargo, tendo seu pedido prontamente atendido pela Premier League. Agora, a liga inglesa retoma uma longa busca que já dura mais de um ano.
“Após as divulgações da mídia e as discussões com David Pemsel, a Premier League aceitou hoje a demissão de David e ele não mais se juntará como nosso executivo-chefe”, declarou a liga inglesa em nota.
Pemsel é ex-diretor de marketing de grupo da ITV; parceiro da agora extinta agência de publicidade Boymeetsgirl; diretor e sócio da produtora de TV e de filmes Shine; e sócio-gerente da St Luke’s Communications, com clientes como Sky e BBC. Ele entrou no Guardian Media Group em 2011, sendo promovido ao cargo de diretor executivo em 2015. Segundo a Premier League, ele havia sido escolhido por “liderar a transformação da empresa em uma marca de mídia mais digital e internacional e supervisionou os primeiros lucros operacionais da organização em seus negócios de notícias por 20 anos, gerando receitas recordes em 2019”.
No início do processo de busca por um novo profissional, em 2018, Susanna Dinnage foi confirmada para assumir o lugar de Richard Scudamore, mas optou por permanecer na Discovery, onde é presidente global do canal Animal Planet. Logo em seguida, a BBC confirmou que Tim Davie, executivo-chefe da divisão comercial da BBC Studios, também recebeu o convite e recusou a oportunidade.