Coluna

2020 será o ano do marketing esportivo no Brasil?

Nos últimos anos a economia brasileira sofreu e um dos segmentos que mais sentiu foi o do mercado publicitário, de eventos, uma vez que é […]

2020 será o ano do marketing esportivo no Brasil?

20 de fevereiro de 2020

3 minutos de Leitura

Fábio Wolff
Fábio Wolff
Fábio Wolff é sócio-diretor da Wolff Sports, e professor em cursos de MBA em Gestão e Marketing Esportivo na Trevisan Escola de Negócios

Nos últimos anos a economia brasileira sofreu e um dos segmentos que mais sentiu foi o do mercado publicitário, de eventos, uma vez que é invariavelmente, a primeira escolha na hora das empresas apertarem os cintos, promoverem cortes de investimentos.

Esse mercado é um dos que primeiro sentem a reação. Pois bem, vivemos anos difíceis em que foi preciso muito jogo de cintura e criatividade para realizar negócios.

No auge da crise, quando se procurava desesperadamente por dinheiro, fechamos, por exemplo, um patrocínio com um time de futebol com remuneração ao clube por meio de sacos de cimento.

O sábio empresário Abílio Diniz já dizia: “Na crise, existem aqueles que se abatem, sentam no chão e choram; e existem aqueles que fabricam e vendem lenços. Nós somos fabricantes de lenços.”

Realizar negócios na adversidade gera aprendizados, muita habilidade, faz pessoas e empresas saírem do comodismo. Esses aprendizados são fundamentais para se surfar as melhores ondas, vamos dizer assim, quando o mercado começa a se aquecer.

Enquanto 2016 foi um ano duro, 2017 melhorou, 2018 foi bom e 2019 terminou sendo fora da curva para a Wolff Sports, pois nós crescemos cinco vezes.

Com a taxa de juros cada vez mais baixa e a bolsa de valores subindo, o otimismo voltou finalmente a reinar no mercado. O final de 2019 foi e começo de 2020 tem sido um período muito fértil, com muitos negócios realizados.

Quando tudo parecia maravilhoso, aparece um vírus poderoso e ameaçador na China, o mercado acionário começa a fazer o movimento de uma montanha russa com altas e quedas bruscas, o dólar dispara…

O otimismo do empresariado é freado com tantos fatos novos, daí chega o carnaval (e o Brasil, infelizmente, para), e depois dele esperamos que o mercado volte com força. Afinal, o otimismo gerado no final de 2019 deve imperar.

Esperamos e trabalhamos incansavelmente para um mercado mais profissional por aqui. O Brasil está mudando, muitas coisas antes impensadas estão ocorrendo em nosso país.

O segmento de Gestão e Marketing Esportivo, em meus prognósticos, tem um potencial absurdo, afinal o brasileiro ama esportes. Mas é preciso cada vez mais profissionalizar o modelo, os processos nesse mercado.

Os clubes e as entidades que estão aplicando uma gestão mais profissional estão colhendo frutos e deixando os concorrentes para trás. Um belo exemplo é Flamengo, que apertou os cintos, equilibrou as contas, adotou uma estratégia muito bem sucedida e enquanto colhe os frutos, deixa um grande gap em relação aos demais clubes.

Mas, mesmo super vencedor, todos nós sabemos que esse ainda não é o modelo ideal, afinal o que adianta dar 30 passos para frente se uma futura nova gestão pode dar 100 para trás!?

Eu acredito que 2020 será, economicamente falando, o nosso melhor ano. Mas temos de acelerar as mudanças aqui buscando sempre o bechmark das melhores ligas do mundo, seja de basquete, de futebol americano ou qualquer outro esporte.

O Brasil está evoluindo e o esporte brasileiro precisa acompanhar essa onda.

Compartilhe