Após abrir possibilidade de firmar patrocínios com empresas de apostas, a Fórmula 1 anunciou, nesta quarta-feira (4), a 188Bet, parceira do Atlético-MG no Brasil, como sua nova patrocinadora regional para a Ásia. O acordo será válido por cinco temporadas e foi intermediado pelo Interregional Sports Group (ISG), a agência de mídia e marketing com sede em Londres que garantiu os direitos globais de apostas da categoria em 2018.
Como parte do pioneiro contrato, a marca da 188Bet será exibida exclusivamente nas transmissões da Fórmula 1 em todo o mercado asiático até 2024, graças à publicidade virtual na pista gerenciada pela ISG. Além disso, o site de apostas ainda terá direito a visibilidade e ativações nas plataformas sociais e digitais da categoria mais importante do automobilismo mundial.
Por fim, o acordo também prevê que a 188Bet tenha a propriedade exclusiva do aplicativo F1 Play para o mercado asiático de apostas esportivas e receba dados oficiais das apostas na Fórmula 1 fornecidas pela empresa de dados Sportradar.
“O acordo com a 188Bet faz parte de um plano comercial maior que vem sendo implementado pela Liberty Media (atual dona da Fórmula 1) para transformar a F1 em um produto mais atraente para os fãs já existentes e também para os novos. Essa parceria abrirá inúmeras oportunidades de apostas em corrida, incluindo voltas mais rápidas, pit stops mais rápidos e número de ultrapassagens, sem contar o potencial de criar probabilidades e mercados em torno de dados biométricos de telemetria e de pilotos”, disse Ross Brawn, atual diretor esportivo da categoria, em entrevista ao britânico SportsPro Media.
Com o tempo, a F1 pretende utilizar diversos dados que a tecnologia já é capaz de medir para colocar nas transmissões das corridas. Além disso, usar também o que for possível para colocar no mercado de apostas e, assim, aumentar o engajamento das pessoas e o faturamento da categoria.
“Gostaríamos muito de transmitir os dados biográficos, a frequência cardíaca do piloto quando está em uma disputa de posição com outro piloto. No momento, é algo com que os próprios pilotos se sentem sensíveis e não querem transmissão, e entendo isso. Mas esse é o tipo de informação que estamos negociando com as equipes, porque estamos muito interessados em envolver mais os fãs com o esporte, não apenas da perspectiva das apostas mas da perspectiva geral. Há uma enorme quantidade de dados na F1: desgaste de pneus, temperatura dos freios, temperatura do motor, todo tipo de coisas que podem ser significativas para a corrida. Esse é o tipo de informação que queremos usar para adicionar uma dimensão extra à transmissão”, finalizou Ross Brawn.
