Indústria

F1 preocupa-se com avanço do coronavírus e anuncia medidas

Categoria não quer funcionários impedidos de entrar nos países com restrições por causa do surto

F1 preocupa-se com avanço do coronavírus e anuncia medidas

09 de março de 2020

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Depois do cancelamento do ATP de Indian Wells, das restrições impostas pela NBA, do cancelamento de etapas da Moto GP e dos Jogos Olímpicos de Tóquio ligarem um alerta para um possível adiamento, chegou a vez da Fórmula 1 mostrar-se preocupada com o surto de coronavírus pelo mundo.

Em entrevista à agência ‘Reuters’, Ross Brawn, diretor da F1, afirmou que a categoria não desembarcará em países em que uma equipe tenha dificuldades de entrar com todos seus funcionários por conta das barreiras impostas na emissão de vistos, fruto das preocupações com o avanço da doença.

“Se uma equipe não conseguir entrar em um país, não poderemos ter uma corrida. Pelo menos não uma válida pelo Campeonato Mundial, porque seria injusto. É claro que se uma equipe escolher não ir a uma corrida, aí é uma decisão dela. Mas se forem proibidos de correr por causa da decisão tomada por um país, aí é complicado ter uma competição justa”, disse Brawn.

Para o diretor, ainda que o desejo da F1, escuderias e patrocinadores seja que as etapas ocorram normalmente, tudo precisa ser realizado de maneira responsável. Neste sentido, algumas medidas têm sido tomadas para reduzir o número de funcionários nos ambientes de corrida.

“É uma situação muito séria, então eu não quero ser leviano. Mas estamos tentando realizar as corridas. Porém é preciso fazê-lo de uma maneira responsável. Estamos diminuindo o número de pessoas no paddock, pedindo para que as equipes enviem o menor número de pessoas possível necessárias para a corrida”, completou.

O GP do Bahrein, segunda etapa da temporada, que será disputado no dia 22 de março, não terá público. O país já registrou 85 casos confirmados da doença até o momento. O Irã, próximo ao Bahrein, já tem 5.828 pessoas infectadas. Desta maneira, a F1 não terá torcedores nas arquibancadas pela primeira vez em sua história de mais de 70 anos.

“Como nação anfitriã da F1, o bem-estar dos fãs e dos espectadores da corrida é uma responsabilidade tremenda. Levando em conta a contínua expansão do Covid-19 a nível mundial, convocar um evento esportivo importante, aberto ao público e que permita a milhares de viajantes estrangeiros e fãs locais a interagir em estreita proximidade, não seria o correto neste momento. Mas, para garantir que nem o esporte nem sua base global de fãs sejam impactados indevidamente, o fim de semana de corrida vai seguir adiante como um evento televisionado”, afirmou a organização do GP do Bahrein.

Entre as equipes, a Ferrari adiou um teste que estava programado para o último dia 5 de março, em Fiorano, para desenvolver os pneus da Pirelli que serão usados a partir de 2021. O motivo é a epidemia do novo coronavírus na Itália (Sars-CoV-2), que já fez a montadora de Maranello restringir o acesso de pessoas à sua fábrica e a seus museus. A empresa tem sede na Emilia-Romagna, segunda região mais atingida pelo Sars-CoV-2 no país.

Segundo balanço divulgado recentemente, o coronavírus contaminou 2.263 pessoas na Itália e matou 79.

 

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In consultation with our international partners and the Kingdom’s national health Taskforce, Bahrain has made the decision to hold this year’s Bahrain Grand Prix as a participants-only event. As an F1 host nation, balancing the welfare of supporters and race goers is a tremendous responsibility. Given the continued spread of Covid-19 globally, convening a major sporting event, which is open to the public and allows thousands of international travellers and local fans to interact in close proximity would not be the right thing to do at the present time. But to ensure that neither the sport, nor its global supporter base, is unduly impacted, the race weekend itself will still go ahead as a televised event. Bahrain’s own early actions to prevent, identify and isolate cases of individuals with Covid-19 has been extremely successful to date. The approach has involved rapid, proactive measures, identifying those affected by the virus, of which the overwhelming majority of cases relate to those travelling into the country by air. Aggressive social distancing measures have further increased the effectiveness of preventing the virus’ spread, something that would clearly be near impossible to maintain were the race to have proceeded as originally planned. We know how disappointed many will be by this news, especially for those planning to travel to the event, which has become a cornerstone event of the international F1 calendar, but safety has to remain our utmost priority.

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