Indústria

Gigantes do varejo esportivo fecham as portas para frear Covid-19

Nike, Adidas, Under Armour e PUMA adotam medidas para proteger seus funcionários

Gigantes do varejo esportivo fecham as portas para frear Covid-19

18 de março de 2020

3 minutos de Leitura

Em meio a preocupações crescentes com o novo coronavírus, algumas das principais varejistas esportivas estão tomando medidas para proteger seus funcionários e evitar a proliferação do vírus.

A Nike anunciou no domingo (15) que fechará todas as suas lojas nos Estados Unidos, Canadá, Europa Ocidental, Austrália e Nova Zelândia até 27 de março. A empresa de roupas esportivas, que tem quase 400 lojas em solo americano, disse que suas lojas na Coréia do Sul, Japão e grande parte da China, mercados onde o surto diminuiu, foram reabertas.

Já a Under Armour também está fechando suas portas. A marca divulgou que suas lojas norte-americanas fecharão até 28 de março alegando que “a saúde e a segurança de nossos companheiros de equipe, atletas e clientes são nossa principal prioridade”. Até dezembro do ano passado, a empresa tinha 19 lojas próprias e 169 de fábrica na América do Norte, com 388 lojas locadas globalmente.

A Under Armour afirmou ainda que pagará a todos os funcionários enquanto o seu comércio estiver fechado. Em seus escritórios corporativos e centros de distribuição, a companhia diz que implementou “etapas aprimoradas de limpeza e saneamento”, e oferece trabalho em casa e opções de atendimento flexíveis para os funcionários.

Em fevereiro, a Under Armour anunciou uma estimativa inicial de queda de até US$ 60 milhões em vendas neste trimestre. No mesmo mês, suas ações caíram 17% na bolsa de Nova York, e a empresa já trabalha com um cenário pior até o final do ano.

Durante a última semana, o MKTEsportivo detalhou a preocupação da Adidas com sua presença no mercado chinês e o prejuízo de € 1 bilhão na região. De acordo com estimativas da marca alemã, com o período de quarentena imposto pelo governo chinês, a produção de artigos esportivos no país foi suspensa. Como consequências, as vendas caíram. A expectativa é de que os dois meses de baixa nas atividades gerem um impacto de cerca de um oitavo de tudo o que a Adidas embolsa na região da Ásia. A China é responsável por 66% dos € 8 bilhões que a marca faturou no continente em 2019.

Já a Puma, que vive grande momento no mercado, admitiu que o que aconteceu até o momento já será suficiente para afetar os seus negócios do ano. Com um faturamento 18,4% maior em 2019 com relação a 2018, o objetivo era crescer acima dos 10% este ano. Agora, a empresa já admitiu que chegar aos 10% a mais de faturamento será uma grande vitória.

Por fim, a fabricante alemã revelou que todos os escritórios da marca espalhados pelo mundo estão abertos, inclusive na China, país responsável por 20% do abastecimento de produtos. Nos outros países do continente, não chegou a haver problemas em termos de produção, mas haverá impacto nas vendas em países como Coreia do Sul, Japão, Malásia e Singapura.

Sobre as lojas, em países como Itália, Espanha, França e Alemanha, elas encontram-se fechadas.

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