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Japão admite pela primeira vez possibilidade de adiar Jogos de Tóquio 2020

Até agora, foram confirmados 274 casos da doença em território japonês, com seis mortes

Japão admite pela primeira vez possibilidade de adiar Jogos de Tóquio 2020

03 de março de 2020

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Quando foram registrados os primeiros casos de coronavírus em território japonês entre o final de janeiro e o começo de fevereiro, o governo do país mostrou preocupação, mas sequer tinha pesando na possibilidade de adiar ou cancelar os Jogos Olímpicos de Tóquio. Nesta terça-feira (3), o Comitê Organizador da Olimpíada, prevista para julho deste ano, mudou o tom do discurso e fez coro à preocupação do governo japonês. Até agora, seis pessoas morreram no Japão.

A porta-voz da informação foi Seiko Hashimoto, ex-patinadora e atual ministra dos Jogos Olímpicos no Japão. Segundo ela, no contrato assinado com o Comitê Olímpico Internacional (COI), consta que o evento deve obrigatoriamente ser realizado em 2020, mas não há um período especifico. Desta maneira, passou-se a cogitar a possibilidade de um adiamento por alguns meses.

              

“O COI tem o direito de cancelar os Jogos somente se eles não ocorrerem dentro de 2020. Isso pode ser interpretado como a possibilidade de os Jogos serem adiados, contanto que sejam realizados durante esse ano. Estamos, no entanto, fazendo o máximo de esforços para que não tenhamos de encarar essa situação”, disse Hashimoto.

O COI, no entanto, publicou uma nota oficial em que reforçou o compromisso de realizar os Jogos de Tóquio na data previamente estipulada, de 24 de julho a 9 de agosto.

“Uma força-tarefa conjunta já havia sido criada em meados de fevereiro, envolvendo o COI, Tóquio 2020, a cidade anfitriã de Tóquio, o governo do Japão e a Organização Mundial da Saúde (OMS). O Comitê Executivo do COI aprecia e apoia as medidas que estão sendo tomadas, que constituem uma parte importante dos planos de Tóquio de sediar Jogos seguros e protegidos”, afirmou a entidade.

No Japão, até agora, foram confirmados 274 casos da doença em território japonês. No mundo, o número de casos já ultrapassou 91 mil, com 3.118 mortes. Detectado pela primeira vez em dezembro, em Wuhan, na China, o coronavírus tornou-se mundial e vem preocupando líderes políticos e organizadores de grandes eventos.

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