Em meio aos cortes de salário anunciado por alguns clubes europeus e brasileiros, o presidente do Tottenham, Daniel Levy, tomou uma decisão curiosa. O mandatário anunciou que 550 profissionais sofrerão um corte salarial de 20%. No grupo, não estão envolvidos os jogadores.
Levy, que ganhou US $ 7 milhões em 2019, está entre os diretores e funcionários que sofrerão impacto no bolso entre os meses de abril e maio. O clube também usará o esquema de licença do governo na tentativa de “proteger empregos”.
“Todas as pessoas deste planeta serão afetadas e, durante a minha vida, não consigo pensar em algo tão impactante. Com mais de 786 mil infectados, quase 38 mil mortes e grandes segmentos do mundo em confinamento, precisamos perceber que o futebol não pode funcionar em uma bolha”, disse Levy.
Na Inglaterra, o Newcastle United se tornou o primeiro clube da Premier League a deixar jogadores que não jogam em licença. Na Premiership escocesa, o Hearts largou na frente ao pedir uma redução de salário de 50% na equipe. Já o gerente do Celtic, Neil Lennon, disse que os cortes nos salários são uma possibilidade.
Fora do Reino Unido, os jogadores do FC Barcelona aceitaram reduzir em 70% os seus ganhos, enquanto quatro clubes da Bundesliga já haviam tomado medidas do tipo.
“Esperamos que as conversas entre a Premier League, a PFA (sindicato de jogadores) e a LMA (associação de treinadores) resulte em que os jogadores e os treinadores façam a sua parte pelo ecossistema do futebol. Podemos ser o oitavo maior clube do mundo em receita, de acordo com a pesquisa da Deloitte, mas todos esses dados históricos são totalmente irrelevantes, pois esse vírus não tem limites”, completou o presidente do Tottenham.
