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Presidente da ATP quer três Grand Slams ainda em 2020

Andrea Gaudenzi segue otimista com o calendário e prevê a realização de sete torneios da série Masters 1000

Presidente da ATP quer três Grand Slams ainda em 2020

14 de abril de 2020

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Com torneios cancelados, como Wimbledon, e adiados, como Roland Garros, a Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) tratou de acalmar os ânimos diante de um cenário pessimista. Em entrevista concedida ao site italiano Ubitennis, Andrea Gaudenzi, presidente da entidade, disse que tem esperança de conseguir realizar três dos quatro Grand Slams (o Australian Open já ocorreu em janeiro) e sete torneios da série Masters 1000.

Com relação aos Grand Slams, além dos citados anteriormente, até o momento, o US Open permanece marcado nas datas originais, entre o final de agosto e o começo de setembro.

Sobre o postergamento de Roland Garros feito pela Federação Francesa de Tênis (FFT) sem consultar a ATP, além da Associação de Tênis Feminino (WTA), a Federação Internacional de Tênis (ITF) e a Associação de Tênis dos Estados Unidos (USTA). Para Andrea , a mudança sem uma conversa prévia “prova que o tênis precisa de regulamentos mais fortes para que todos os torneios possam coexistir”.

“A decisão do Aberto da França é compreensível. Eu assisti ao discurso do presidente da França, Emmanuel Macron, e ele foi muito direto sobre a gravidade da situação, então seus eleitores entraram em pânico e a Federação Francesa de Tênis sentiu vontade de plantar sua bandeira naquele espaço de setembro, independentemente do que possa acontecer. Isso, por sua vez, desencadeou uma conversa muito aberta e franca com os presidentes das outras partes interessadas, e chegamos à conclusão de que todos fazemos parte da mesma história e moramos no mesmo prédio, portanto não há espaço para prevaricação”, disse o presidente da ATP.

Sobre o impacto nas receitas, Gaudenzi declarou que a entidade tem trabalhado em vários planos orçamentários diferentes, imaginando o que poderá ser feito nos cenários mais otimistas, com a realização de três Grand Slams, sete Masters 1000 e outros torneios menores, até os mais pessimistas, que seria o cancelamento total da temporada 2020.

“Temos três fontes principais de renda: direitos de TV e outras mídias, publicidade e venda de ingressos. Obviamente, sem jogos, temos problemas com as três. No entanto, podemos aguentar um ano, e estou bastante otimista em retomar as partidas em julho. Nós sobreviveríamos por dois ou três anos? Definitivamente não. Ou seja, quanto mais tempo demorar para resolver a situação, pior será a nossa condição”, completou .

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