Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio foram adiados de 2020 para 2021, no entanto, as autoridades japonesas permanecem com receio sobre a realização das competições enquanto não surgir uma vacina contra contra o Covid-19.
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“A não ser que uma vacina seja encontrada, eu não acredito que os Jogos Olímpicos possam acontecer”, disse o presidente da Associação Médica do Japão (YMA), Yoshitake Yokokura, em entrevista ao grupo de mídia Asahi Shinbun na sexta-feira (24).
Já o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, também expressou preocupação com os Jogos em 2021, mas não citou o assunto vacina. Ele admitiu apenas que seria “impossível” organizar o evento “a menos que a pandemia do coronavírus estivesse contida”. Na segunda-feira (20), o professor de doenças infecciosas, Kentaro Iwata, afirmou que não acredita que a pandemia de coronavírus esteja totalmente controlada no ano que vem.
No dia seguinte, terça-feira (28), John Coates, membro do Comitê Olímpico Internacional e chefe da comissão de coordenação do COI para a Olimpíada de Tóquio, foi categórico ao afirmar à agência internacional Associated Press (AP) que a realização de Tóquio 2020 em 2021 “não depende de uma vacina”.
“O conselho que estamos recebendo da OMS (Organização Mundial da Saúde) diz que devemos continuar planejando essa data e é isso que estamos fazendo, o que não depende de uma vacina. Claro que uma vacina seria legal. Mas continuaremos a ser guiados pela OMS e pelas autoridades de saúde japonesas, porque, nisso tudo, a saúde e o bem-estar dos atletas e de outros participantes dos Jogos são a prioridade número um”, declarou Coates.
Por ora, os Jogos Olímpicos estão marcados oficialmente para serem disputados entre 23 de julho e 8 de agosto, enquanto os Jogos Paralímpicos estão programados para o período entre 24 de agosto e 5 de setembro.