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Cade aprova fusão entre Fox e ESPN, que poderá transmitir Libertadores

Órgão divulgou que canais Fox Sports terão de continuar no ar até dezembro de 2021

Cade aprova fusão entre Fox e ESPN, que poderá transmitir Libertadores

06 de maio de 2020

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A fusão entre Fox Sports e ESPN foi aprovada em uma reunião na manhã desta quarta-feira (6) pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). De acordo com o portal UOL, com algumas condições, os conselheiros do órgão decidiram que os dois canais poderão ficar sob o guarda-chuva do grupo Disney.

De acordo com o Cade, a Disney deverá manter a distribuição de 40 eventos esportivos em canais lineares por três anos ou até a expiração dos contratos. Entre a data de assinatura do acordo e 1.º de janeiro de 2022, a Disney terá de envidar esforços para assegurar que a Fox Sports continue atrativa. Pelo menos o canal principal deverá ser mantido e o uso da marca deverá ser feito de forma consistente, sem prejuízo de transmissão por outros canais.

Portanto, a Fox seguirá com a transmissão da Copa Libertadores em sua grade durante o período. O torneio, porém, poderá ser transmitido pelos canais ESPN, que também terá o direito de mostrar outras competições que atualmente pertencem à Fox.

Após esse prazo, a Disney poderá vender a marca Fox Sports, cumprindo determinação que vinha desde o processo de compra do grupo Fox pela empresa nos Estados Unidos. Desta maneira, a tendência é que os direitos e alguns profissionais sejam absorvidos pela ESPN a partir de 2022.

A decisão tomada pelo Cade foi baseada no relatório apresentado por Luis Henrique Bertolino Braido, que analisou todo o processo.

“As marcas não estão sendo adquiridas nesse ato de concentração. A Disney poderá usá-las por algum período, mas as marcas serão devolvidas ao seu proprietário”, afirmou Braido. Caso opte por encerrar o canal Fox Sports em 2022, a Disney deverá se comprometer a devolver antecipadamente a marca, de forma que ela fique livre para uso de qualquer outro agente que se interesse.

Após um processo que durou cerca de 22 meses, a fusão entre os dois canais levou o Cade a decidir abrir uma outra investigação. Agora, o órgão quer analisar se as operadoras de TV por assinatura têm feito uma concentração de concorrência, reduzindo o poder de faturamento dos canais e fazendo com que eles não sejam atrativos financeiramente.

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