Indústria

Pesquisa prevê queda de US$ 17.2 bilhões no patrocínio esportivo

Uma das razões apontadas no levantamento está no perfil dos maiores patrocinadores, muito afetados pela pandemia

Pesquisa prevê queda de US$ 17.2 bilhões no patrocínio esportivo

19 de maio de 2020

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A consultoria Two Circles divulgou mais um estudo a respeito do impacto da pandemia na indústria do esporte. O MKTEsportivo já havia destacado uma pesquisa da mesma empresa alertando que a indústria do esporte deixará de faturar US$ 61.6 bilhões em 2020. Agora, o foco é no valor gasto em patrocínio esportivo no mundo.

Segundo ela, esta frente cairá de US$ 46.1 bilhões em 2019 para US$ 28.9 bilhões em 2020, queda de 37%. Uma das razões apontadas no levantamento está no perfil dos maiores patrocinadores, que englobam as indústrias financeira, automotiva, de energia e as companhias aéreas, que têm sido as maiores investidoras do esporte nos últimos anos. Muito afetados pela pandemia, a tendência é que os investimentos tenham uma queda considerável.

“Com o esporte ao vivo interrompido globalmente desde março, o valor que as propriedades esportivas conseguiram oferecer às marcas parceiras foi limitado. Houve cortes de custos em setores que investem fortemente em patrocínios, apresentando também um desafio significativo na assinatura de novos negócios”, disse Gareth Balch, executivo-chefe da Two Circles.

A queda relacionada ao patrocínio do segmento automotivo, por exemplo, será de 55%, saindo dos US$ 5.9 bilhões investidos em 2019 no esporte para uma projeção de US$ 2.7 bilhões em 2020. Na indústria financeira, estima-se uma queda de 45%, de US$ 12.6 bilhões para US$ 6.9 bilhões. Os números não incluem os gastos com as ativações.

“Embora todos os setores do esporte estejam sofrendo, continuamos certos de que a economia esportiva prosperará a longo prazo. Quando a recessão iminente acabar, todos os setores contarão com as melhores plataformas de marketing disponíveis para expandir seus negócios. As propriedades esportivas que estão usando esse período para investir em suas propostas de patrocínio, afastando-se especialmente da exposição de logotipo com analógico e do envolvimento tangível e direcionado ao público, serão aquelas que prosperarão mais após o Covid-19”, finalizou Balch.

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