Indústria

Após Reebok, Crossfit perde mais uma parceira após racismo de fundador

Rogue Fitness, fornecedora de equipamentos para muitos eventos do CrossFit na última década, repudiou o tweet de Greg Glassman

Após Reebok, Crossfit perde mais uma parceira após racismo de fundador

09 de junho de 2020

2 minutos de Leitura

Uma crise financeira e institucional sem precedentes. É assim que definimos o início do caos criado pela marca Crossfit após o tweet racista do seu fundador, o empresário americano Greg Glassman. Tudo começou quando ele ironizou um post feito pelo Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME) sobre racismo. A postagem do instituto diz que o racismo é uma questão de saúde pública.

Em tom irônico, Glassman respondeu ao tuíte com “É FLOYD-19”, em alusão a morte brutal de George Floyd por quatro policiais brancos em Minneapolis e colocando na conta dos protestos o aumento dos casos de infectados por coronavírus. A publicação foi suficiente para a Reebok anunciar o fim da parceria de licenciamento. E a americana não foi a única.

A especializada Rogue Fitness, que havia sido a fornecedora de equipamentos para muitos eventos do CrossFit na última década, incluindo os CrossFit Games, também repudiou o tweet de Glassman e anunciou seu afastamento.

“A Rogue não suporta as declarações mais recentes feitas pelo CEO do CrossFit, Greg Glassman”. A marca declarou ainda que o comentário foi “inaceitável ​​em todas os sentidos”.

A Rogue afirmou que o ‘Rogue Invitational’ removerá o logotipo da CrossFit do evento online que acontecerá este ano, mas salientou que cumprirá com as obrigações no fornecimento de equipamentos até a temporada 2020. O futuro, no entanto, é incerto.

“O futuro depende da direção e liderança dentro do CrossFit HQ. A Rogue é a fornecedora de equipamentos desde 2010 e acreditamos que faz parte do nosso DNA. Esperamos que haja um caminho a seguir”, finalizou.

Por fim, a comunidade CrossFit nos Estados Unidos também tomou medidas, com alguns boxes afiliados mudando seus nomes para excluir o “CrossFit”. Até o momento, mais de 250 academias já retiraram o nome e estão denunciando o fundador.

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