Um tweet racista custou a longa parceria de licenciamento entre a CrossFit e a Reebok. Tudo começou quando o fundador da marca focada em treinamento funcional, o empresário americano Greg Glassman, ironizou um post feito pelo Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME) sobre racismo. A postagem do instituto diz que o racismo é uma questão de saúde pública.
Em tom irônico, Glassman respondeu ao tuíte com “É FLOYD-19”, em alusão a morte brutal de George Floyd por quatro policiais brancos em Minneapolis e colocando na conta dos protestos o aumento dos casos de infectados por coronavírus.
Após o posicionamento de Glassman, diversos donos de boxes de crossfit nos Estados Unidos começaram a retirar a marca criada pelo empresário. Nesta segunda-feira (8), a Reebok comunicou que não vai renovar o seu acordo de licenciamento.
“Nossa parceria com a marca CrossFit se encerra no final deste ano. Recentemente, discutimos sobre a renovação desse acordo, mas, diante dos acontecimentos recentes, tomamos a decisão de encerrar nossa parceria com a CrossFit HQ. Devemos isso aos atletas, aos fãs e à comunidade do CrossFit”, destacou a Reebok, em comunicado.
Diante da proporção do caso, ciente que teria sua imagem e a de sua empresa prejudicadas, Glassman utilizou a conta CrossFit no Twitter para declarar que havia “cometido um erro”.
“Eu, CrossFit HQ e a comunidade CrossFit não apoiamos o racismo. Eu cometi um erro com as palavras que escolhi ontem. Meu coração está profundamente triste com a dor que causou. Foi um erro, não racista, mas um erro”, postou o executivo, que construiu um império ao criar a marca CrossFit em 2000.
Sobre o mercado de crossfit, nos EUA, são mais de 13 mil academias filiadas à marca. No Brasil, há registros de 2 mil boxes para a prática do esporte.