O mundo do entretenimento se voltou ao YouTube diante de uma paralisação total de eventos presenciais. O esporte, claro, não poderia ficar de fora. A atual emergência mundial de saúde, que força milhões de pessoas a se manterem em isolamento social, mudou a forma como o usuário doméstico consome mídia. E os números de plataformas de streaming dispararam.
Como as ligas da Europa estão retornando suas atividades, o YouTube já está atenta ao que clubes e organizações estão desenvolvendo na plataforma por lá para adequar ao mercado brasileiro quando o país seguir este mesmo caminho.
“Como o Brasil está atrás no calendário da onda do coronavírus, vamos pegando o que acontece antes na Europa. Já estamos analisando como os parceiros de fora do nosso país estão lidando com a volta. Isso oferece a oportunidade de pegar coisas que estão acontecendo lá fora e dando certo, para adaptar ao Brasil”, disse Victor Machado, Gerente de Parcerias de Esporte do YouTube, em entrevista ao MKTEsportivoCast.
De acordo com números da empresa, que é de propriedade do Google, globalmente, o consumo de filmes subiu 800%, programas de TV 125%, e conteúdo ao vivo 250%. E este terceiro pilar faz todo o sentido sob a ótica de eventos esportivos, que tem na transmissão a sua maior força de consumo. Segundo o executivo, o YouTube está atento a este movimento.
“A transmissão ao vivo é a cereja do bolo e tem o maior valor dentro da cadeia de produção de um clube. É possível produzir muita coisa legal e criar uma relação importante com o torcedor, além de uma nova linha de receita para os clubes sem ter o jogo ao vivo no YouTube. A transmissão ao vivo sem imagem é prova disso”, destacou o profissional citando as iniciativas de Flamengo, Jovem Pan e Esporte Interativo.
Para o futuro, com a retomada do calendário, o YouTube buscará oferecer mais conteúdos ao vivo dentro de sua plataforma, como já havia fechado com a Copa do Nordeste, estreitando ainda mais o relacionamento com grupos de mídia.
“Oportunidades vão aparecer a medida que os campeonatos voltem, mas sem torcida. Já estamos conversando com nossos parceiros para ver onde o YouTube pode ajudar neste momento. No médio e longo prazo, veremos como nos uniremos aos nossos parceiros para que sejamos uma das janelas de transmissão ao vivo”, finalizou, citando o caso do Flamengo que levou uma partida do Carioca para as plataformas digitais e fez com que a FlaTV entrasse para a história, uma vez que ela tornou-se o canal de esportes que conseguiu reunir mais usuários em toda a história do YouTube.
