Reflexo da pandemia do coronavírus, a Under Armour anunciou um segundo trimestre com perdas de US$ 183 milhões entre abril e junho deste ano. Em relação a receita, ela caiu 41% nesse período, para US$ 708 milhões.
O impacto mais significativo ocorreu na América do Norte, maior mercado do grupo. A empresa registrou uma diminuição de 45% nas vendas, para US$ 450 milhões. Os negócios globais, por sua vez, caíram 34%, graças à retomada da Ásia-Pacífico, que voltou a abrir lojas durante o período. Mesmo assim, esse mercado teve 20% de queda de faturamento.
No âmbito do consumo, por categorias, os acessórios foram os mais abalados, com vendas de apenas US$ 56 milhões no segundo trimestre, ou 47% a menos que no período anterior. Já as roupas caíram 42%, para US$ 426 milhões, enquanto os calçados foram o que menos sofreram: queda de 35%, para US$ 185 milhões.
“Agora, com a maioria dos nossos pontos de venda reabertos, somos encorajados pelo momento registrado em junho e julho. No entanto, continuaremos cautelosos com relação ao final de 2020 devido à incerteza contínua relacionada aos hábitos do consumidor, ao potencial de um ambiente altamente promocional e a decisões proativas de reduzir as compras para ficar mais alinhadas com o impacto da Covid- 19 na ação”, disse Patrick Frisk, que desde o ano passado é o presidente e CEO do grupo.
Após o baque do segundo trimestre, a Under Armour fechou o primeiro semestre do ano com um faturamento de US$ 1.6 bilhão, 31,7% a menos do que no ano anterior. O resultado líquido foi negativo em US$ 727,8 milhões, comparado ao lucro de US$ 23.8 milhões no primeiro semestre de 2019.