No último sábado (29), a Nike confirmou que não seguirá com Neymar em seu portfólio a partir de amanhã (1). Especula-se que uma divergência financeira entre o jogador e a marca gerou um atrito que culminou com o fim do acordo que já durava quinze anos. O futuro ainda é incerto, apesar das especulações envolvendo uma contratação por parte da PUMA, uma migração para a Jordan Brand (sub-marca da Nike) e até mesmo uma marca própria.
Durante a pandemia do coronavírus, a Nike lançou duas campanhas globais com o seus principais embaixadores no esporte. O atacante do Paris Saint-Germain esteve ausente nas duas. Olhando pra trás, nota-se que o atrito já existia há alguns meses. Você lembra destas campanhas? Vamos à elas:
A Nunca é Tarde Demais para Virar o Jogo foi ao ar no final de maio e mostrava os principais embaixadores da marca em uma situação de volta por cima. Seja por uma lesão, erro de uma jogada ou dar o suor até limite para chegar ao fim. Como não lembrar da forte imagem de Neymar lesionando a vértebra na Copa de 2014? Em 2015 ele erguia o troféu da Champions League como artilheiro do torneio. Já em 2016, título dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. Superações que entrariam facilmente em alguns segundos do vídeo. O jogador sequer apareceu.
Dois meses depois, a marca lançava o Nada pode parar a gente, com uma forte mensagem de que o “esporte nos une. Nos fortalece. Nos faz ir além. Não importa o que aconteça, sempre voltaremos mais fortes, juntos. Nada pode parar o esporte, porque nada pode parar a gente”. E lá estavam Kylian Mbappé (futebol) Russell Wilson (futebol americano), Megan Rapinoe (futebol), Serena Williams (tênis), Lebron James (basquete), Naomi Osaka (tênis), Cristiano Ronaldo (futebol), Rafael Nadal (tênis), Tiger Woods (golfe), Eliud Kipchoge (atletismo) e outros. Novamente, em um curto espaço de tempo, Neymar foi ausência.
Patrocinado pela marca desde os 13 anos, Neymar fez parte de uma conhecida estratégia da Nike de fechar com jovens promessas do futebol. Foi o mesmo com Rodrygo, atualmente no Real Madrid. Nesta semana, por exemplo, a companhia fechou acordo com Enzo Peterson, de apenas 10 anos, que atua na base do São Paulo. Já Willian Nascimento, do Flamengo, também com 10 anos, seguiu o mesmo caminho.
Em 2011, Neymar renovou o acordo com o swoosh até 2022, sendo este o contrato vigente será encerrado. Originalmente, a aliança entre as duas partes previa renumeração diversas conforme a equipe em que ele atuava. Os times eram divididos em categorias, sendo a elite composta por Barcelona, Real Madrid, Chelsea, AC Milan, Manchester United, Arsenal, Juventus, Bayern de Munique e Inter. Além disso, havia bonificação para prêmios individuais, como a Bola de Ouro, e títulos conquistados, como a Copa do Mundo e a Champions League.
Por conta de sua chegada no futebol francês, o próprio Paris Saint-Germain obteve um incremento no seu contrato, dada a força da imagem do jogador e o seu potencial de vender camisas.
