Após sofrer pressão de patrocinadores pela associação ao massacre indígena nos Estados Unidos, o Washington Football Team (ex-Washington Redskins) anunciou a contratação de Jason Wright, ex-jogador da NFL e que era executivo da consultoria McKinsey & Company, como novo presidente do Washington FC. Com o movimento, Wright será o primeiro negro a se tornar presidente de uma franquia da NFL. Além disso, aos 38 anos, ele é o mais jovem a ocupar o cargo mais alto dentro de uma equipe.
No cargo, Wright será o responsável por liderar as divisões de negócios da organização, incluindo operações, finanças, vendas e marketing, e se reportará diretamente ao proprietário do time Dan Snyder, junto com o técnico Ron Rivera.
Em meio ao aumento dos protestos contra o racismo nos EUA, o clube foi pressionado pelos próprios patrocinadores a mudar de nome, que fazia associação aos “peles vermelhas”, apelido pejorativo dado aos índios nos Estados Unidos. Também houve uma matéria no The Washington Post no mês passado detalhando casos de assédio sexual envolvendo cinco ex-funcionários da franquia.
“Se eu pudesse projetar um líder personalizado para este momento importante de nossa história, seria Jason. Sua experiência como ex-jogador, juntamente com sua visão de negócios, dá a ele uma perspectiva incomparável na liga. Jason tem um histórico comprovado em ajudar empresas a se transformarem culturalmente, operacionalmente e financeiramente”, declarou Snyder ao anunciar o novo presidente.
“Sempre gostei de criar coisas novas e empolgantes e enfrentar os desafios difíceis e aparentemente intratáveis que outros podem não querer enfrentar. Gosto especialmente de fazer isso com organizações que têm uma história profunda e valores que estabelecem uma base sólida. Esta equipe, neste momento, é uma oportunidade ideal para mim”, completou Wright.
Ex-jogador, Wright se aposentou aos 28 anos, após passar por quatro times da NFL entre 2004 e 2010. Desde sua aposentadoria nos campos, ele obteve mestrado em Administração de Empresas pela Universidade de Chicago e foi nomeado sócio na prática de operações da McKinsey em Washington. Ele foi quem ajudou a liderar a estratégia de inclusão e anti-racismo da empresa.
